CÂMARA DE IBICARAÍ

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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Como economizar captando e reutilizando a água da chuva

Passo a passo para montar sistema de captação e reuso de água da chuva
















Mesmo com pouca quantidade de água, é possível montar um sistema de captação da chuva para reuso em casa. Com um simples projeto com calhas, filtro e reservatório, dá para utilizar essa água para lavar o quintal e o carro, regar as plantas ou ainda para descarga. A água de reuso, no entanto, não é potável, ou seja, não pode ser consumida ou ser usada para banho e nunca deve ser misturada com a tratada.
Antes de montar o sistema de reaproveitamento, é preciso pensar se o local onde será feita a instalação tem índices de chuva que justifiquem o investimento. Por mais básico que seja, um profissional qualificado deve ser consultado e fazer o projeto seguindo as normas brasileiras de reaproveitamento. É ele quem vai calcular quais produtos devem ser comprados e como serão montados.
O custo varia de R$ 3 a 9 mil para o sistema com cisterna ou caixa d'água, calhas e filtros, segundo pesquisa feita pelo G1 em três redes de lojas que vendem os produtos na Grande São Paulo. O preço, no entanto, pode ser mais alto dependendo da área do telhado, o tamanho do reservatório escolhido e outros acessórios complementares, como um conjunto de sucção que capta a água mais limpa, que está na superfície, ou mais em conta se a escolha for uma estrutura mais simples e compacta.
O primeiro passo é instalar as calhas no telhado. São elas que vão direcionar a água que cai na cobertura para um tanque ou cisterna (reservatório subterrâneo). Depois, é preciso ver onde será feito o tratamento. O sistema é formado por um filtro, telas ou grelhas, que barram boa parte da sujeira que desce do telhado com a água, como folhas, gravetos e fezes de animais.
A recomendação também é dispensar o primeiro escoamento se a chuva ocorrer após um longo período de seca. Isso garante menor concentração de sujeira e melhor qualidade da água de reuso. O volume de descarte, segundo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), deve seguir a proporção de 10 litros para cada 10 metros quadrados de cobertura.
Depois disso, o restante da água pode seguir para o reservatório. O tamanho da caixa ou da cisterna deve levar em conta os índices de chuva na cidade e o número de moradores da casa. Para uma família de classe média com cinco pessoas em uma cidade com período máximo de 10 dias sem chuva, o ideal é um reservatório de no mínimo 2 mil litros, de acordo com o IPT.
Já no tanque ou cisterna, deve ser feita a desinfecção da água por causa da presença de micro-organismos que não foram barrados na filtragem. Pode ser usado cloro, ozônio ou raios ultravioleta. A escolha deve ser feita com a ajuda de um profissional, que entenda a necessidade e o custo benefício do produto. Depois de tratada, a água precisa ser enviada, por bomba, para uma caixa d’água separada à de água potável no telhado para a utilização em descargas, por exemplo.
Para todos os bolsos
O representante comercial Luis Justo mora na Granja Viana, na Grande São Paulo, e usou a experiência com construção civil para montar o sistema na casa onde mora com a esposa e a filha. O gasto foi de R$ 5,5 mil com cisterna, filtro, bomba e calhas, e já construiu a churrasqueira e salão de festas do terreno com um telhado de 120 m² pensando na captação da água da chuva (assista no vídeo abaixo).

"Antes a gente via aquela água toda indo embora e dava uma dor no coração. Agora a gente está podendo economizar e reutilizar a água para regar as plantas, lavar carro, encher a piscina...", disse. Em duas chuvas fracas em agosto, ele conseguiu armazenar 3,5 mil litros de água.
Se o reuso for para regar plantas, lavar o quintal e o carro, e encher a piscina, também dá para conectar um cano à torneira na área externa da casa. Em instalações mais simples, é possível guardar a água em um tanque, devidamente tampado, ligado diretamente em uma mangueira. Nesse caso, a capacidade de armazenamento será menor, mas vai reduzir os custos com bombas ou canos.
Programador de computador montou sistema de captação de água da chuva em São Mateus, na Zona Leste de São Paulo
Esse foi o caso do programador de computador Lincoln Szebeni. Ele mora em São Mateus, na Zona Leste da capital paulista, e decidiu criar um sistema mais simples para economizar e poder reutilizar a água da chuva para lavar o quintal de casa. "A minha esposa não queria que quebrasse parede. Então eu bolei na cabeça um sistema simples. Comprei o tambor, os canos de PVC e a tela para filtrar a sujeira. Os canos eu só conectei na calha, porque já tinha", detalhou. A imagem do sistema (veja ao lado) foi enviada por Szebeni pelo VC no G1.

Ele também adaptou uma torneira ao tambor, com capacidade para 200 litros, e conectou uma mangueira para limpar o quintal. O reservatório tem tampa e fica bem fechado, para evitar a proliferação do mosquito da dengue. O custo com os itens foi de pouco mais de R$ 100. "Se eu quiser, dá pra colocar cinco tambores para armazenar água. Se não tiver água, dá pra jogar no vaso sanitário". Quando a água de reuso da chuva não é suficiente, ele reutiliza a água da máquina de lavar roupa que recolhe em baldes.

Cuidados
Todos os reservatórios precisam de limpeza periódica e por isso devem ter um "ladrão", para escoamento da água na remoção da sujeira que ficou no fundo e também no caso de chuva acima da capacidade de armazenamento. O intervalo da limpeza vai depender da rotatividade do uso. A desinfecção, no entanto, é a mesma.

Também é muito importante fazer a separação do que é água tratada, enviada pela companhia de distribuição, e o que será de reuso. As caixas devem ser diferentes. Uma dica é identificar os reservatórios e torneiras, além de pintar as tubulações com cores diferentes para não causar confusão.
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