CÂMARA DE IBICARAÍ

CÂMARA DE IBICARAÍ

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

A Terra passará por 6 dias de escuridão?

Você recebeu um e-mail, viu um link compartilhado ou mesmo alguém te alertou.


- Cara, a Terra passará por um período de 6 dias de escuridão!
- Ah é? Esqueceram de pagar a conta?
- É sério, cara! A NASA confirmou! É uma tempestade solar, tem um site falando sobre isso! A tempestade vai lançar uma grande nuvem de poeira sobre a Terra, causando uma escuridão que vai durar seis dias! Não vai ser o fim do mundo, mas vai causar medo, terror e o caos! A NASA falou, pode acreditar.
- Hmmm, sei não. Deixa eu ver o quê o Observatório tem a dizer sobre isso...

Opa, aqui estamos!

Pois é, essa história está se alastrando pelas redes sociais principalmente e algumas pessoas já me procuraram para saber do que se trata. Em uma palavra: lixo!

O tal "alerta" da NASA teria sido divulgado numa conferência ocorrida no meio de outubro. Nesse comunicado, cientistas da agência espacial americana estariam alertando para a ocorrência de uma tempestade solar violenta que lançaria uma gigantesca nuvem de poeira sobre a Terra. Com isso, entre os dias 16 e 22 de dezembro, a Terra estaria imersa em profunda escuridão.

Primeiro aos fatos.

Nenhuma tempestade solar causa a formação e muito menos o lançamento de poeira. Existem episódios de Ejeção de Massa Coronal (CME em inglês) quando o Sol libera uma pequena nuvem de gás para o espaço, mas o gás não tem poeira, não produz poeira e mesmo que atinja a Terra, não escurece o céu. Tanto a matéria ejetada pelo Sol numa CME, quanto a radiação emitida numa explosão solar são barradas pelo campo magnético da Terra ou pela alta atmosfera, que atuam como um escudo. Nada disso vai causar qualquer efeito na superfície, ou seja, nenhuma chance de um evento desses levantar a poeira do solo para produzir a escuridão citada.

Outra coisa, para percorrer a distância entre o Sol e a Terra em 2 meses, de acordo com o alerta, a tal nuvem de poeira teria que se deslocar a uma velocidade de 28 km/s. Isso não é nada em termos do vento solar, que tem valores médios de 400 km/s. Com uma velocidade tão baixa é provável que essa nuvem nunca se desprendesse do Sol, seja ela composta de poeira, de gás ou de qualquer coisa. Para se libertar da atração gravitacional do Sol qualquer coisa precisa ter uma velocidade mínima de 618 km/s.

De argumentos científicos já está bem explicado, mas se alguém tiver a curiosidade de fuçar mais um pouco e chegar no site que publicou o tal alerta vai ver coisas interessantes. Os caras se embananam na hora de converter o número de dias e as horas correspondentes que vai durar o período de escuridão. Fazendo as contas, dá 3 dias, depois dá 9 dias e o anúncio fala em 6. Perdido num cantinho tem uma nota dizendo que o site é "uma combinação de uma notícia chocante real e entretenimento satírico para manter os visitantes em estado de descrença." Sem falar no fato que esse "alerta" já foi dado em 2011, foi requentado para o fim do mundo em 2012 e voltou agora em 2014.

Como eu havia dito, lixo!

Talvez esse boato tenha sido re-requentado por causa de uma notícia, verdadeira, a respeito do Sol. Por esses dias, foi muito comentado o surgimento de uma gigantesca mancha solar. Chamada de AR 2192, a mancha tem aproximadamente o tamanho de Júpiter! Em condições favoráveis, seja com o uso de filtros apropriados, ou naquelas horas do por do Sol em que ele fica bem vermelho, já próximo do horizonte, a mancha podia ser vista a olho nu. Essa foi a maior mancha solar já registrada desde 1990!


Reprodução



O Sol tem um ciclo de atividade magnética bem conhecido com um período de mais ou menos 11 anos, alternando períodos de máximos e mínimos. Esse períodos podem ser verificados através do número de manchas solares, por exemplo. Mas os últimos ciclos têm sido muito esquisitos, o Sol parece que não está seguindo o roteiro.

As manchas solares são região ativas do Sol e podem proporcionar eventos violentos, como eventos rápidos e violentos de alta energia e CMEs, mas em nenhum dos casos há formação ou ejeção de poeira. Uma região ativa como a AR 2192 poderia ter causado uma tempestade magnética e tanto, tivesse ela sofrido uma erupção violenta. Nas aqui na Terra não seríamos afetados diretamente, como eu já falei, o campo magnético terrestre e a atmosfera nos blindam desses eventos, mas certamente sentiríamos os efeitos dessa explosão de modo indireto.

Nossa vida é profundamente dependente de equipamentos elétricos e eletrônicos. Uma tempestade magnética muito intensa colocaria em risco os satélites em órbita da Terra. Sempre que há algum risco em potencial, alguns satélites são colocados em hibernação, desligando todos os sistemas não vitais para tentar preservar a eletrônica. Os telescópios espaciais fazem isso sempre. Mas alguns satélites não podem se dar ao luxo disso, como os satélites de comunicação e os de GPS. Num evento muito energético, como uma explosão de classe X que esteja voltada diretamente para a Terra, correríamos o sério risco de ficar sem comunicação via satélite e perderíamos o posicionamento via GPS. Mais do que bagunçar a procura por aquele restaurante bacana escondido em uma ruazinha perdida na sua cidade, aviões e plataformas de petróleo ficariam literalmente à deriva. Até mesmo comunicações via rádio de alta frequência seriam afetadas, causando um blecaute em rádio. Estações e redes de transmissão de eletricidade em países muito ao norte ou ao sul do planeta poderiam ser danificadas.

Muito catastróficas minhas previsões? Nem tanto, isso já ocorreu em menor escala no passado, tipo a década de 1990, quando nossa dependência desses sistemas era bem menor e por isso os efeitos não foram tão percebidos. Mas nós quase passamos por isso recentemente!

Em julho de 2012 aconteceu uma super tempestade solar, a maior em 150 anos. A nuvem de matéria ejetada pela CME passou muito perto da Terra, mas não a atingiu. De acordo com um estudo publicado por Daniel Baker da Universidade do Colorado em dezembro de 2013, se essa CME tivesse atingido a Terra, estaríamos juntando os cacos até hoje! Muito provavelmente teríamos perdido uma boa pare dos satélites de comunicação e até mesmo a internet teria sido derrubada.

Felizmente a AR 2192 já está fora da nossa linha de visada e já não oferece nenhum risco. Em poucos dias, por causa da rotação do Sol, ela vai para a parte de trás dele e deixará de ser vista. Como o período de rotação do Sol é de 25 dias, no final de novembro vamos ver se a AR 2192 ainda se mantém, mas o certo é que nem ela, nem outra mancha vai fazer a Terra imergir em um período de escuridão total. Avisa lá o seu colega que está espalhando o boato que ele pode ficar tranquilo

Mais mulheres são chefes de família, e jovens optam por ser mãe mais tarde

Elas comandam 87% das famílias sem cônjuge e com filhos.

IBGE divulga dados de gênero do país relativos a 2010.

Cida Alves
Do G1, em São Paulo
infográfico mulheres com filhos (Foto: Editoria de Arte/G1)
Os dados de gênero divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que as brasileiras estão tendo filhos mais tarde e se tornando chefes de família em mais domicílios do país. A análise engloba uma década e compara dados dos censos de 2000 e 2010. Nesse período, a proporção de brasileiras com ao menos um filho diminuiu em todas as faixas etárias mais jovens (veja gráfico ao lado). Esse seria um dos reflexos do aumento da escolarização delas, que passaram a postergar a maternidade para continuar os estudos.
Em 2000, as mulheres comandavam 24,9% dos 44,8 milhões de domicílios particulares. Em 2010, essa proporção cresceu para 38,7% dos 57,3 milhões de domicílios – um aumento de 13,7 pontos percentuais. O IBGE considera como responsável aquela pessoa reconhecida como tal pelo demais moradores do domicílio.
Quando analisados os dados das áreas rural e urbana, verifica-se que, no campo, ainda é mais comum o homem ser o chefe da família. Nas cidades, elas são as responsáveis em 39,3% das famílias, enquanto que na área rural essa proporção é de 24,8%.
Ao analisar o tipo de composição familiar, as mulheres aparecem como chefes de 87,4% das famílias de pessoas sem cônjuge e com filhos. Essa proporção diminui consideravelmente quando a formação é casal com filho (22,7%) ou casal sem filho (23,8%). (veja gráfico abaixo)
chefes do lar (Foto: G1)chefes do lar (Foto: G1)
Trabalho
O estudo mostrou ainda que houve um crescimento maior da taxa de atividade entre as mulheres do que entre os homens no período. A taxa de atividade mostra a proporção da população em idade ativa (16 anos ou mais) que se encontra trabalhando ou procurando trabalho. "É um movimento que começou na década de 70, com as mulheres se inserindo mais no mercado de trabalho", afirma Barbara Cobo, gerente de indicadores sociais do IBGE e coordenadora da pesquisa.

No geral, a taxa se manteve estável: em torno de 64%. No entanto, enquanto a taxa de atividade dos homens caiu de 79,7% em 2000 para 75,7% em 2010, a das mulheres aumentou de 50,1% para 54,6%.
A faixa etária das mulheres que teve um aumento mais expressivo na taxa de atividade foi de 50 a 59 anos – de 39% em 2000 para 50,2% em 2010. Já o maior recuo entre os homens ocorreu na faixa etária de 16 a 29 anos (81% em 2000 contra 74,6% em 2010).
Apesar de os números mostrarem mais mulheres trabalhando, elas ainda enfrentam condições de informalidade. Em todos os grupos de idade ou raça, a taxa de formalização das mulheres teve um crescimento menor que a dos homens e ficou abaixo da taxa nacional de 2010.
O diferencial entre os sexos passou de 3,8 pontos percentuais em 2000 para 6,7 pontos percentuais em 2010. Em 2000, a taxa de formalização deles era de 50%, e delas, 51,3%. Em 2010, a taxa dos homens alcançou 59,2%, enquanto a das mulheres ficou em 57,9%.  
"A taxa de formalização mostra as pessoas que de alguma forma contribuem para a previdência e possuem garantias para que a renda não vá a zero se acontece algo. Ela significa empregos de qualidade", explica Barbara.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Conheça 20 sinais de que a empresa colocou você na 'geladeira'

Empresas podem criam situações para forçar a saída do funcionário.

Sentir-se isolado ou preterido são indícios mais comuns, dizem especialistas

Marta Cavallini
Do G1, em São Paulo
Emprego, trabalho (Foto: Reprodução)
Quando funcionário não é chamado para
reuniões pode ser indício de que empresa
não valoriza mais o trabalho dele
(Foto: Reprodução)
Você se sente de lado no trabalho, não tem mais diálogo com a chefia, as tarefas diminuíram e ficaram menos importantes, o ambiente de trabalho parece pesado para o seu lado? Segundo especialistas, esses podem ser alguns sinais de que a empresa colocou você na “geladeira” ou quer que você peça demissão.  

“O clima muda, parece que tudo que você faz não agrada mais a ninguém na empresa, você começa a se sentir isolado e a cada dia um benefício ou trabalho é diminuído. Aos poucos suas tarefas vão ficando cada vez mais rotineiras e burocráticas. E outras pessoas começam a assumir aos poucos funções que você exercia anteriormente”, diz o consultor de carreiras Roberto Recinella.

“Se você tem a sensação de estar estagnado no emprego, é possível que já esteja sendo analisado por seus superiores. Geralmente, os funcionários passam a achar que estão no lugar errado, no momento errado”, diz Bibianna Teodori, master coach e coautora do livro "Coaching na Prática – Como o Coaching pode contribuir em todas as áreas da sua vida”.

“Quando não é mais lembrado com tanta frequência para novos desafios, quando faltam oportunidades de crescimento e há pouco investimento no seu desenvolvimento profissional, o funcionário pode estar deixando o time de profissionais da empresa”, diz o consultor Claiton Fernandez, autor do livro "Caminhos de um Vencedor".
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20 situações que indicam que a empresa não quer mais o funcionário ou o colocou na ‘geladeira’
Diminuição na quantidade de tarefas e atividades.
Clima hostil e conflitos propositais para gerar ambiente ruim de trabalho.
Ser preterido em relação aos demais.
Pouco diálogo/comunicação.
Falta de investimentos em capacitação e desenvolvimento profissional.
Funcionário é rebaixado de cargo ou tem horário de trabalho modificado sem ser consultado.
Colaborador é transferido de setor sem nenhuma explicação.
Funcionário é retirado de um projeto em andamento sem justificativa.
Gestor imediato muda de comportamento, fazendo cobranças com mais rigor ou não dá mais atenção.
Colegas começam a se afastar do colaborador.
Os gestores nunca têm tempo para o funcionário e não respondem às solicitações dele.
Alguns dos benefícios são retirados. Por exemplo, o colaborador podia sair 1 hora mais cedo uma vez por semana para ir a curso que faz há 2 anos, mas tem o benefício cortado.
Os relatórios são devolvidos frequentemente com observações sem sentido, apenas solicitando que os refaça o quanto antes.
Empregado não é mais chamado para participar de reuniões e projetos dos quais fazia parte.
Colaborador não é mais consultado pelos colegas ou gestores sobre temas estratégicos.
Funcionário não é mais chamado para happy hours e outras atividades extras da empresa.
O chefe não dá ordens e não se preocupa em cobrar prazos.
O chefe passa a transferir ao funcionário tarefas de pouca importância ou que ele não domina ou passa a exigir metas impossíveis.
O colaborador percebe que suas decisões não são acatadas e precisa brigar para que as coisas aconteçam.
O funcionário começa a observar que suas prioridades estão desalinhadas com as do chefe.
Fontes: Claiton Fernandez, Bibianna Teodori e Roberto Recinella
De acordo com Fernandez, ainda existem empresas que criam situações para forçar a saída do funcionário da empresa. “Os exemplos mais comuns são a inexistência de aumento salarial e benefícios em geral, ambiente hostil com provocações, execução de atividades que não condizem com a função”, afirma.     

Recinella explica que muitas vezes a empresa não quer arcar com os custos da demissão. “Na maioria das vezes é através da pressão psicológica, isolando o colaborador, diminuindo acesso às informações, delegando tarefas repetitivas, algumas vezes até humilhantes. O gestor passa a cobrá-lo exageradamente ou a não dar mais feedback”.


Às vezes foi o colaborador que mudou e está achando que foi a empresa"
Bibianna alerta que o cenário depende muito do fato de a pressão vir do chefe ou de uma situação geral da empresa, como corte de gastos ou mudanças na gestão. Se for corporativa, é muito mais difícil encontrar uma solução, segundo ela, pois diversas pessoas começarão a sair da organização. Já se for direcionada, uma opção é o funcionário procurar o setor de recursos humanos e tentar uma recolocação em outra área da empresa. “É importante detectar sempre por que aquilo está acontecendo. Pode ser uma reestruturação, um conflito ou mesmo contenção de custos da empresa”, diz.

Recinella aconselha fazer uma autoanálise e conversar francamente com o gestor para saber o que fazer. “Às vezes foi o colaborador que mudou e está achando que foi a empresa”.

Roberto Recinella
Em caso de se sentir “escanteado”, o funcionário pode pedir para conversar com o gestor imediato, segundo Recinella. “O funcionário deve se municiar de fatos que demonstrem suas contribuições nos resultados da empresa, ressaltar os pontos fortes e as ações concretas que está tomando para desenvolver os pontos de melhoria.”

E, em caso de não haver mais diálogo nem possibilidade de nova chance, Recinella recomenda que o profissional procure outra colocação melhor.

Bibianna Teodori alerta que às vezes não vale a pena o colaborador tentar reverter o quadro. “Quando o profissional já está cansado de seu trabalho e de sua equipe, a demissão pode representar um alívio”, diz.

Demissão do empregador
Bibianna relata um caso em que uma funcionária que se sentiu incomodada com as condições do trabalho pediu “justa causa” do empregador na Justiça trabalhista.

Ela conta que uma cliente, admitida em 2008 para exercer o cargo de gerente de vendas em um grande grupo de confecção, começou a ser pressionada em 2011 a pedir demissão. “Ela começou a sentir que estavam desconfiando dela. Pediram extrato da conta dela, celular para controlar informações. De repente, foi admitido outro gerente que começou fazer insinuações de que ela não era confiável. Foi afastada do cargo e foi colocada para ser vendedora de loja. Não tinha mais vontade de trabalhar. Eles mudavam ela de horário sem avisar, faziam de tudo para ela pedir demissão. Após alguns meses, ela entregou uma carta de rescisão indireta, na qual dizia que estava dando o contrato por rescindido, pois a loja não estava cumprindo com suas obrigações”, conta.

Permanecer na empresa muitas vezes significa se tornar uma pessoa mais agradável de conviver e gerar menos problemas de relacionamentos"
Bibianna Teodori
Dá para prevenir?
Segundo Bibianna, é importante o colaborador conferir sempre com seu superior se estão na mesma sintonia, checando as prioridades e o que é mais importante para a empresa. “Questione e pergunte regularmente sobre seu desempenho e trabalho. Peça feedback sobre suas ações e esteja aberto para ouvir e aceitar pontos de melhoria. Desenvolva novas habilidades”, diz.

Ela orienta ainda realizar o trabalho da melhor forma e cumprir as metas, sempre prestando atenção nos relacionamentos e ouvindo a liderança. “Ser um profissional melhor e permanecer na empresa muitas vezes significa se tornar uma pessoa mais agradável de conviver e gerar menos problemas de relacionamentos”.

Para Recinella, o primeiro passo é fazer uma autoavaliação e manter diálogo com o gestor, até mesmo para entender se está fazendo algo de errado ou prejudicando a equipe.
“Caso tenha pisado mesmo na bola, conserte. Desculpe-se e mostre atitudes que resgatem a confiança da equipe e da empresa, lembre-se que você estará sob observação e terá que se esforçar para voltar a ser como antes.”

Organizador de ‘rolezinho’ é morto por amigo na Zona Leste de SP

Garoto de 16 anos foi atingido por tiro na cabeça na segunda (26). 

Leonardo Alvarenga era famoso pelos encontros que ajudava a promover.

Lívia Machado
Do G1 São Paulo
Leonardo era famoso por organizar 'rolezinhos' na Zona Leste da cidade  (Foto: Reprodução Facebook)Leonardo era famoso por organizar 'rolezinhos' na Zona Leste da cidade (Foto: Reprodução Facebook)
Conhecido por ajudar a promover ‘rolezinhos’, encontros organizados pelas redes sociais, principalmente, em shoppings da capital paulista e da Grande São Paulo, Leonardo Henrique Soares Alvarenga, de 16 anos, foi morto na madrugada desta segunda-feira (27), no Parque Guarani, na Zona Leste da cidade.
Segundo a polícia, o garoto foi atingido por um tiro na cabeça, disparado pelo funileiro Leonardo Pereira de Almeida, de 18 anos, amigo de Alvarenga. Os dois voltavam de uma festa acompanhados de outras quatro pessoas, todas de 17 anos, no carro de Almeida.

Os cinco adolescentes foram novamente ouvidos e revelaram que Almeida tinha atirado no amigo ao "brincar" com uma arma emprestada.À polícia, o grupo disse inicialmente que foi abordado por dois motoqueiros que anunciaram o assalto e atiraram no menino. Após perícia no veículo, porém, foi constatado que o disparo tinha partido de dentro do automóvel.

O revólver calibre 38 pertencia a Robson dos Santos Lopes, de 30 anos, que foi preso em flagrante por porte ilegal de arma. De acordo com testemunhas, Lopes é traficante na região e amigo apenas de Almeida. O caso foi registrado no 32° Distrito Policial, em Itaquera, e os dois suspeitos de envolvimento estão detidos.
Duas postagens no Facebook em que o garoto revela o sonho de ser famoso e diz ser fã de MC Daleste (Foto: Reprodução Facebook)
Duas postagens no Facebook em que o garoto
revela o sonho de ser famoso e diz ser fã de
MC Daleste (Foto: Reprodução Facebook)
Popularidade
Ao G1, amigos de Leonardo Alvarenga revelaram que a família do menino está revoltada com primeira versão contada pelos colegas do garoto. Os parentes acreditam que o crime tenha sido premeditado, e alegam que ele foi morto por “inveja”.

Darlan Mendes, também responsável por promover rolezinhos pela internet, conheceu Alvarenga há três meses. Leonardo queria fazer parte da "Associação Rolezinho: a Voz do Brasil", uma das organizações criadas após a polêmica dos encontros, da qual Darlan era membro. “Ele já era considerado um famosinho, tinha curtidas, fazia sucesso nas redes sociais. Ele veio me pedir para ajudar, para organizar”, conta.
Embora fossem amigos há poucos meses, Mendes diz que Alvarenga era um menino tranquilo e bastante empenhado nos eventos. Juntos, eles realizaram o 'rolezinho-manifesto' em agosto deste ano, no Shopping Itaquera, na Zona Leste.
De acordo com a associação, cerca de seis mil pessoas compareceram para reivindicar o direito de circular no centro comercial. Mendes afirma que os adolescentes só podem entrar no estabelecimento após passar por revista dos seguranças e acompanhados por um responsável. Muitos já foram barrados por conta dos antigos episódios de tumulto e violência que ocorreram no início do ano.
“Os rolezinhos que estamos fazendo oficialmente, e estamos na décima edição, nunca tiveram atos de violência, tumulto, roubos. Conseguimos conscientizar os jovens com essa ação”, defende Darlan Mendes.
Ele também relata que o colega andava sempre bem vestido, com roupas e tênis de marcas conhecidas. Fã de MC Daleste, funkeiro assassinado durante um show em Campinas em julho de 2013, Leonardo Henrique Alvarenga sonhava em ser famoso.
Em sua página no Facebook, há diversos posts em que o garoto afirma que um dia será conhecido. Os amigos acreditam que ele tinha vontade de ser MC.
"Roleta russa"
Uma das testemunhas do crime comenta que o menino era bastante assediado pelo público feminino e, constantemente “provocado” por outros garotos. “Ele era tranquilo, não saia na intenção de brigar, mas sempre arrumavam briga com ele. Era famoso no Facebook, um menino de olhos claros, bonito, com bastante menina", explica.

A jovem diz que era amiga de Leonardo Alvarenga, e de outras duas meninas que estavam no carro. Ela revela que conheceu Almeida naquela noite, durante a festa. Ainda conforme a testemunha, eles deixaram o baile por volta das 2h30 da segunda-feira, e foram para a casa de Alvarenga.
Em um dado momento, uma das jovens teria pedido para ir embora. Almeida teria combinado de levá-la para casa, mas antes teria que abastecer o carro. O grupo todo foi junto. No meio do caminho, o rapaz entrou em um rua escura, deserta, conhecida como ponto de tráfico na região, próxima à Avenida Jacu-Pêssego.
Na biqueira, o funileiro encontrou o amigo que portava a arma. “Todo mundo ficou com medo, assustado, mas ele estava emocionado em ver o revólver. Ninguém sabia que ele iria parar ali. O Leo pedia para a gente sair de lá, e dizia que esse cara não gostava dele.”
A adolescente ainda afirma que o dono da arma teria descarregado o revólver e simulado o disparo contra a própria cabeça, antes de emprestá-la. “O Leonardo Almeida pegou a arma, mirou para o nosso amigo, e perguntou se ele estava assustado. O Leo estava com cara de medo. De repente, vi um clarão na minha cara. Depois, olhei e vi que o Leo estava com um buraco na cabeça e o sangue escorrendo. Gritei e pedi para ele correr para o Pronto-Socorro, rápido.”
Alvarenga foi levado pelos próprios colegas para o Hospital Santa Marcelina de Itaquera. Ele foi socorrido, mas morreu um dia depois de ser baleado. De acordo com a jovem, ela e as demais testemunhas foram ameaçadas pelo atirador para não contarem a ninguém o que tinha ocorrido. “Ele falava: ‘Essa história não vai sair do carro, porque se sair vai todo mundo ser preso ou subir (gíria que significa morrer)'.
A menina soube que Alvarenga foi enterrado nesta quarta-feira (29). Ela não conseguiu ir à cerimônia porque a família do menino rechaçou a presença do grupo envolvido na morte. “Eu estou com muito medo das ameaças, não posso sair na rua. Medo pelos familiares virem na minha casa. Fiquei traumatizada, estou tendo pesadelo. Nós mentimos por medo.”
A associação dos rolezinhos pretende fazer homenagens ao garoto nos dias 1° e 8 de novembro, quando realizarão dois encontros na Zona Leste. "Esses dias serão dedicados ao Leonardo, que sempre nos ajudou", afirma Darlan Mendes.

Inflação do aluguel tem a menor alta em 12 meses desde 2010, diz FGV

Preços no atacado sobem menos que para o consumidor.

Em outubro, inflação pelo IGP-M ficou em 0,28%.

Do G1, em São Paulo

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), conhecido como a inflação do aluguel, porque é usado para reajustar a maioria dos contratos imobiliários, acumulou alta de 2,96% nos 12 meses até outubro, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). É a menor taxa para um período de 12 meses desde abril de 2010, quando ficou em 2,88%.
No mês de outubro, o IGP-M variou 0,28% em outubro. Em setembro, a variação foi de  0,20%. Em outubro de 2013, a variação foi de 0,86%.
A variação acumulada em 2014, de janeiro até outubro, é de 2,05%.
Usado no cálculo do IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede os preços no atacado, passou de 0,13% em setembro para 0,23% em outubro.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que calcula os preços no varejo e também entra no cálculo do IGP-M, registrou variação de 0,46% em outubro, ante 0,42% em setembro. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo alimentação (0,40% para 0,63%), com destaque para o item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de -6,85% para 2,36%.

Outros itens que tiveram aumento e contribuíram para a alta do IPC foram roupas (-0,11% para 0,69%), tarifa de telefone residencial (-1,85% para 0,16%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,43% para 0,67%).

Com peso menor no IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou variação de 0,20%. No mês anterior, a taxa foi de 0,16%. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços registrou variação de 0,43%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,34%. O índice que representa o custo da mão de obra não registrou variação.

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