Corpo do ex-diretor da ANP, de 75 anos, caiu do 11º andar em Copacabana.
Sebastião do Rego Barros já foi embaixador do Brasil na União Soviética.
O embaixador Sebastião do Rego, de 75 anos, morreu nesta segunda-feira (9) ao cair do 11º andar de um prédio em Copacabana, na Zona Sul do Rio.
Sebastião foi diretor da Agência Nacional do Petróleo (ANP), de 2001 a 2005, e embaixador do Brasil em países como a extinta União Soviética (depois também na Rússia e na Ucrânia), nos anos 1990, e a Argentina (entre 1999 e 2001), tendo participado de dezenas de missões. Foi também secretário-geral das Relações Exteriores, em Brasília, entre 1995 e 1998, no governo de Fernando Henrique Cardoso.
Como antecipou o colunista Ancelmo Gois, do "Globo", ele foi encontrado ao lado de um livro aberto. Segundo policiais militares no local, tratava-se de um livro sobre o ex-presidente Getúlio Vargas, escrito por Lira Neto. Sebastião vestia terno, gravata e meia.
Ainda de acordo com PMs, o embaixador ia sair de casa para almoçar com a mulher, Maria Cristina de Lamare Rego Barros. Apenas o casal e a empregada estavam no apartamento 1104, onde moravam. Além da viúva, Maria Cristina, o embaixador deixa três filhos.
O Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil também foram para o prédio, que fica na Avenida Atlântica, 1.782. Ele morava no Prelúdio, um dos três que compõem o tradicional condomínio Chopin, que fica ao lado do Copacabana Palace. Segundo um funcionário do prédio, que não quis se identificar, Sebastião havia ido à academia no hotel nesta segunda pela manhã.
Por volta das 15h10, o corpo foi levado pela Defesa Civil para o Instituto Médico Legal (IML).
Investigação
De acordo com o delegado adjunto da 12ª DP (Copacabana), Eduardo Miranda, a polícia inicialmente não trabalha com a hipótese de crime.
De acordo com o delegado adjunto da 12ª DP (Copacabana), Eduardo Miranda, a polícia inicialmente não trabalha com a hipótese de crime.
"Não tem sinal de violência no local. No local onde houve a queda tem uma estante de livros, uma cadeira e uma janela, muito baixa. Ele pode ter subido na cadeira para pegar um livro, ou se jogado, mas em princípio foi um acidente. Ele estava bem vestido, poderia estar saindo para algum lugar ou se vestido para se matar. Não tem sinal de crime em principio", disse.
A polícia espera familiares para prestarem depoimento espontaneamente ainda nesta segunda.
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