CÂMARA DE IBICARAÍ

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terça-feira, 10 de novembro de 2015

Bebê de 9 meses torturado no RJ ainda vai ficar 3 dias internado

Criança está em estado crítico, segundo hospital.

Pais foram presos sob suspeita de provocar traumatismo craniano no bebê.

Do G1 Rio
O estado de saúde do bebê  de 9 meses que pode ter sido torturado pelos próprios pais em Belford Roxo, na Baixada Fluminense ainda era crítco na manhã desta terça-feira (10).  A criança, que teve traumatismo craniano, terá que permanecer por mais três dias internado em observação. Os pais do menino foram presos, por suspeita de tortura.
A polícia aguarda o laudo conclusivo da perícia sobre os ferimentos provocados no bebê para definir os crimes pelos quais os pais poderão responder. O laudo prévio feito ainda durante a madrugada não foi suficiente para qualificar a gravidade real das lesões provocadas na criança. Nos próximos 10 dias, o delegado-adjunto da 64ª DP (São João de Meriti), delegado Tiago Antunes, informou ainda que deseja ouvir Rosilene Moraes, diretora do Hospital do Joca, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.
Além de Rosilene, a médica que atendeu a criança e familiares e vizinhos devem prestar depoimentos, que têm como objetivo averiguar o comportamento dos pais e, ainda, juntar o laudo definitivo dos peritos.
O delegado Tiago Antunes explicou o indiciamento dos pais do menino pelo crime de tortura. Ele esclareceu que a diferença é que ele entende que houve intenso sofrimento físico da criança e não, simplesmente, uma falta de cuidado que, por exemplo, caracterizaria o crime de maus tratos. Se condenados, os pais podem pegar até 10 anos de prisão.
Entenda o caso
Um casal foi preso na noite desta segunda-feira (9) em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, suspeito de torturar o próprio filho, um bebê de 9 meses. Como informou o Bom Dia Rio, a criança foi internada desnutrida, desidratada, com sarna e com afundamento de crânio. 

O caso comoveu até mesmo profissionais acostumados a conviver com a violência, como policiais médicos e enfermeiros. As marcas no corpo do menino de 9 meses assustam. Quem suspeitou dos maus tratos e socorreu o menino foi o vizinho, que mora na mesma rua, no Parque Floresta. Rogério da Silva ficou impressionado com o estado da criança.
“Minha sogra chegou lá em casa, brincando com meu filho e dizendo que o filho do vizinho tinha tomado um choque. Quando a gente viu a cabeça da criança tinha uma diferença, tinha um oco tão grande que a cabeça estava meia torta. Fiquei desesperado e comecei a dizer ‘vamos para o médico, vamos para o médico’, mas a mãe não queria ir. Ameacei eles (os pais) para vir”, contou o vizinho.
O bebê foi levado para o Hospital Municipal de Belford Roxo. A enfermeira Vanessa Santana fez o primeiro atendimento da criança.
“Fizemos os cuidados, demos banho, colocamos roupinha nele e aconchegamos ele. Ele só geme de dor, é muita dor”, lamentou a profissional de saúde.

O Conselho Tutelar foi acionado pela direção do hospital.

“Falei com a mãe e com o pai, que estavam presentes, meio apáticos. Ninguém se manifestou em defesa, ninguém falou nada. Aí, sabendo que a criança ia ficar internada, fomos para a delegacia para registrar o boletim de ocorrência", disse Paulo Patrocínio, do Conselho Tutelar.
Exames ajudam a definir gravidade do caso
Os pais do bebê são Antônio de Cares Geraldo, de 55 anos, e Nádia Freitas de Azevedo, de 37.  Eles foram presos em flagrante por tortura e levados para delegacia.

A Polícia Civil pediu, com urgência, o exame de corpo de delito do bebê. O resultado vai ajudar a identificar a gravidade dos machucados e determinar se o crime foi qualificado, o que agrava a sua natureza, e aumenta a pena em dois anos. Os pais podem pegar até 13 anos de prisão.
“Os pais informaram que sabiam das condições da criança, porém, não o levaram ao hospital, não tomaram as medidas preventivas. Não foi algo que aconteceu do dia para a noite, tem uns quatro meses. Mesmo nós que estamos acostumados a conviver com situações adversas no dia a dia, foi algo que comoveu todo mundo aqui, é muito excepcional, sai da regra”, disse o delegado adjunto da 64ª DP (São João de Meriti) Tiago Nunes.

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