Samuel Leandro Oliveira de Matospresidente Academia Grapiúna de Letras (AGRAL)
Por Vercil Rodrigues
Entrevista
com o recém-empossado presidente Academia Grapiúna de Letras (AGRAL), a
primeira a ser fundada na cidade de Itabuna e que completa 10 anos de existência
no dia 4 de abril, Samuel Leandro Oliveira de Mattos.
Nessa entrevista Samuel Leandro
Oliveira de Matos, que é Mestre em Cultura & Turismo,
professor do Departamento de Letras e Artes (DLA) da Universidade Estadual de
Santa Cruz (UESC), poeta e autor da obra: “Música na Rua e Outro Poemas”
(Editus, 2014), foi eleito presidente no fim do mês de março para suceder o
jornalista Ramiro Aquino.
Quando e quem foram os fundadores da
Academia Grapiúna de Letras (AGRAL)?
SAMUEL
LEANDRO – A AGRAL foi fundada em 4 de
abril de 2011, portanto, a 10 anos. Os fundadores, pioneiros, que também
compuseram historicamente a sua primeira diretoria foram: Ivan Krebs
Montenegro (Presidente, Cadeira 10), Vercil Rodrigues (Vice-Presidente, Cadeira
1), Washington Farias de Cerqueira (Secretário Geral, Cadeira 3), Antônio da
Silva Costa (Tesoureiro, Cadeira 8), Jorge Ribeiro Carrilho (2º Tesoureiro,
Cadeira 7), Ramiro Nunes de Aquino (Diretor de Eventos, Cadeira 9) e José
Carlos Oliveira (Diretor de Biblioteca, Cadeira 4).
Quais são os objetivos e finalidades da
Academia Grapiúna de Letras (AGRAL)?
SAMUEL
LEANDRO – A AGRAL objetiva “o cultivo da língua e da literatura brasileiras, a
preservação da memória cultural nacional, com destaque para Itabuna e para a
Bahia, e o amparo e estímulo às manifestações da mesma natureza, inclusive nas
áreas das ciências e das artes”. Isso significa promover ações de difusão de
obras e autores, estimular novos escritores junto a escolas, realizar ações de
valorização da língua, da literatura e dos literatos brasileiros,
particularmente os baianos e sulbaianos.
Quais foram as ações desenvolvidas nesses
10 anos da AGRAL que merecem destaques?
SAMUEL
LEANDRO – Gostaria muito que o Ivann Krebs
Montenegro, nosso Presidente Emérito pudesse responder a esta pergunta. Ele,
pois, saberia, como ninguém, elencar as atividades desenvolvidas nesse período.
Igualmente, o jornalista Ramiro Aquino o faria como muito mais detalhes do que
eu. Em todo caso, destaco eventos realizados no objetivo de promover a
literatura, o teatro, a música e outras artes: Celebração sobre a “Amizade na
vida e na obra de Vinicius de Moraes”, apresentações da Rapsódia Grapiúna, pela
sua própria autora, a Professora e Confreira Zélia Lessa; recitais de poesia;
visitas a locais de valor histórico-cultural, a exemplo da Casa Jorge Amado (em
Ferradas, seu local de nascimento); participações em eventos de academias
coirmãs, dentre outras ações. Observo também que, nas reuniões regulares da
AGRAL, há um constante compartilhamento de informações e saberes diversos. Há
declamações, palestras etc. de modo que os confrades e confreiras
simultaneamente ensinam e aprendem.
Quais são os critérios para ser aceito
como imortal da AGRAL? E se existe alguma cadeira vaga atualmente?
SAMUEL
LEANDRO – Os critérios são os seguintes: “intelectuais
que tenham publicado trabalhos em quaisquer meios escritos de informação
pública ou eminentemente cultural em qualquer dos gêneros de literatura, ou
obra científica ou artística de valor cultural e prioritariamente de valor
literário”.
Quanto a vagas, sim, há. Há quatro cadeiras a serem
ocupadas, em função do passamento de acadêmicos,
quais sejam: Cadeira de nº 6, cujo patrono é José Haroldo Castro Vieira (antes
ocupada Professor Antônio da Silva Costa); a de nº 10, cujo patrono é Afrânio
Peixoto (antes ocupada pela Professora Agenilda Palmeira); a de nº 13, cujo
patrono é Anísio Teixeira (antes ocupada por Dom Ceslau Stanula) e a de nº 27,
cujo patrono é Luiz Gama (antes ocupada pelo Professor Odilon Pinto). Há,
ainda, outras três, nunca antes ocupadas: a de nº 38, da patronesse Valdelice
Soares Pinheiro, a 39, do patrono Waly Oliveira Lima e a de nº 40, do patrono
Wilson Lins. Portanto, ao todo, há 7 vagas.
A AGRAL aceita como membro de seu quadro
intelectual de outras cidades e/ou regiões?
Sim. O nosso estatuto prevê a membresia de 20
acadêmicos correspondentes, que podem ser oriundos de qualquer parte do país ou
do exterior.
Quais são os endereços físico e/ou virtual
e telefone (s) de contato (s) da AGRAL?
SAMUEL
LEANDRO – O endereço da AGRAL é a Rua São
Vicente de Paula, s/n, Centro de Itabuna-Ba, CEP nº45600-105, onde fica a Sala
Zélia Lessa, local inicial das nossas reuniões.
Como anda o blog da AGRAL http://blogdaagral.blogspot.com/2012/09/academia-grapiuna-de-letras-e-sociedade.html
que foi criação do confrade Ari Rodrigues Filho, então Diretor de Eventos da
“Casa das Letras Grapíúna?
SAMUEL
LEANDRO – Essa foi uma importante
iniciativa do confrade Ari Rodrigues. Todavia, entendo que não é fácil
“alimentar” constantemente um blog, de modo que seja atual, informativo,
que seja uma pronta referência, em tempo real, a uma instituição. Certamente
nos seja menos trabalhoso e mais eficaz investir nas redes sociais mais usadas
no momento, sobretudo Facebook e Instagram. Em todo caso, este é um assunto a
ser discutido diretamente com a Diretoria de Relações Públicas, o que ocorrerá
em breve.
Além do senhor como presidente da AGRAL,
quais são os demais membros da atual diretoria e suas funções?
SAMUEL
LEANDRO – O novo grupo gestor é assim
formado: Ivann Krebs Montenegro (Presidente Emérito),
Samuel Leandro Oliveira de Mattos (Presidente), Jailton Alves de Oliveira
(Vice-Presidente), Zélia Possidônio dos Santos (Secretária), Jairo Xavier Filho
(2º Secretário), Paulo Sérgio Bomfim (Tesoureiro), Ramiro Soares de Aquino (2º
Tesoureiro), Jailton Alves de Oliveira (Diretor de Eventos), Eglê Santos Machado
(Vice-Diretora de Eventos), Vercil Rodrigues (Diretor de Relações Públicas),
Ari Rodrigues Filho (Vice-Diretor de Relações Públicas), Lilian Lima Pereira
(Diretora de Revista, Biblioteca e Arquivo) e Paulo Lima (Vice-Diretor de
Revista, Biblioteca e Arquivo).
Quais são as propostas dessa gestão para o
biênio 2021-2023?
SAMUEL
LEANDRO – As principais propostas são as
seguintes: a) Estímulo à produção literária grapiúna, sobretudo junto a alunos
de escolas públicas; b) Realização de concurso literário com patrocínio de
empresas locais/regionais; c) Publicações dos próprios acadêmicos acerca dos
seus respectivos patronos e patronesses; d) Realizar seminários, para a
comunidade interna e externa, sobre livro, literatura e produção literária; e) Outras
ações afins.
A AGRAL desenvolve parcerias com outras instituições da cidade e/ou região e/ou
pretende realizar?
SAMUEL
LEANDRO – Sim, a AGRAL, desde o seu
nascimento, mantém parceria com a Loja Maçônica 28 de Julho, com o Lions Clube,
com a Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC), dentre outras
entidades.
Doravante, pretendemos também estreitar laços com a
Universidade Estadual de Santa Cruz (instituição na qual leciono),
particularmente com o Curso de Especialização em Gestão Cultural (pós-graduação
lato sensu), com o Núcleo de Artes da UESC (NAU, do Departamento de
Letras e Artes), com o Museu-Vitrine das Artes Visuais, com o Programa Nacional
de Incentivo à Leitura (PROLER), dentre outras instâncias da Universidade.
Outra pretensão é intensificar o relacionamento com a
imprensa regional (sites, blogs, jornais, TVs e rádios), além das academias
coirmãs, principalmente: Academia de Letra de Itabuna (ALITA), Academia de
Letras Jurídicas do Sul da Bahia (ALJUSBA), Academia de Letras de Ilhéus, dentre
outras.
Suas considerações finais.
SAMUEL
LEANDRO – Entendo que o compromisso que
ora assumo me seja uma importante oportunidade para aquisição de conhecimentos
e experiências, quanto ao desenvolvimento humano, como um todo. Na UESC, ao
longo de 11 anos, exerci vários cargos administrativos, através dos quais muito
aprendi. Na AGRAL, igualmente, creio que ocorra o mesmo. Será mais uma etapa de
realização. Inclusive, sou grato aos meus pares, acadêmicos, pela confiança em
mim depositada. Assim, espelhado nos que me antecederam, e a olhar para o
futuro, pretendo levar adiante o ideal de uma academia de letras sulbaiana,
pela cultura e literatura regionais.