Apenas parlamentares não precisarão passar por revista da segurança.
Decisão foi tomada um dia após manifestante jogar dólares falsos sobre ele.
Um dia após um manifestante jogar notas falsas de dólar sobre ele, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), baixou nesta quinta-feira (5) uma norma que obrigará todo mundo, inclusive servidores da Casa e jornalistas, a passar por detector de metal e a ter bolsas e mochilas escaneadas por raio-X para entrar nas dependências da Casa.
"A Diretoria-Geral informa que, a partir desta sexta-feira (6), por razões de segurança, todas as pessoas, inclusive servidores, que ingressarem na Câmara dos Deputados deverão passar pelos pórticos de segurança instalados nas portarias. Apenas parlamentares – deputados e senadores – estão dispensados desse procedimento", diz o comunicado.Apenas deputados e senadores não serão submetidos à medida, que passa a valer já a partir desta sexta (6). A decisão foi informada pela Diretoria Geral pela intranet da Câmara, que é o sistema interno acessado pelos funcionários chamado Camaranet.
Na tarde de quarta (4), Cunha dava uma entrevista coletiva no Salão Verde da Câmara quando foi interrompido por um militante do movimento Levante Popular da Juventude que jogou notas falsas de cem dólares sobre ele. O manifestante, Tiago Ferreira Pará, que é secretário-geral da UNE, foi detido pela Polícia Legislativa para prestar depoimento (veja vídeo ao lado).
A decisão de Cunha de barrar o livre acesso na Câmara gerou polêmica na intranet dos servidores. “E as mulheres grávidas e os portadores de marcapasso e aparelhos auditivos?”, questionou uma servidora.
Outra perguntou: “Uma dúvida: a quem realmente essa medida garante mais segurança?”.
Em tom de ironia, um servidor escreveu: “Segurança, colegas, porque alguns de nós somos muuuuuito perigosos!”.
Outro servidor perguntou por que a medida não valia para os parlamentares: “Por que não os nobres parlamentares também?”.
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