Fotos By Marcos Souza
Na tentativa de buscar soluções para sanar as despesas acumuladas, devido a diminuição das receitas dos municípios, o presidente da Amurc e prefeito de Ibicaraí, Lenildo Santana esteve reunido na semana passada, com prefeitos (as) do Território Litoral Sul. A ideia é de que os gestores venham publicizar, junto aos seus munícipes, a atual situação financeira de cada município e buscar, juntamente com o Governo Federal o aumento dos recursos financeiros.
Na tentativa de buscar soluções para sanar as despesas acumuladas, devido a diminuição das receitas dos municípios, o presidente da Amurc e prefeito de Ibicaraí, Lenildo Santana esteve reunido na semana passada, com prefeitos (as) do Território Litoral Sul. A ideia é de que os gestores venham publicizar, junto aos seus munícipes, a atual situação financeira de cada município e buscar, juntamente com o Governo Federal o aumento dos recursos financeiros.
Dentre
as maiores dificuldades citadas pelos gestores, destaca-se o desafio de quitar
os débitos com a Folha de Pagamento, tendo em vista a grande quantidade de
cargos concursados. É o caso do município de Barro Preto, com uma população estimada
em 6,5 mil habitantes, possui uma receita de R$ 800 mil, sendo que o gasto com
a Folha fica em torno de R$ 770 mil. A prefeita Jaqueline Mota revela que
estará empenhada junto a Amurc e UPB “na busca de melhorar a receita do
município para que possamos trabalhar melhor com a população”.
Na
cidade de Itapitanga, o prefeito Joaquim Cerqueira de Babo revela que a
situação do município talvez seja uma das piores, diante de uma queda a mais na
arrecadação por conta da diminuição do número de habitantes, avaliado pelo
Censo do IBGE. “Isso nós representou um prejuízo na ordem de R$ 200 mil por
mês. A Folha de Pagamento do município ultrapassou o limite de 54 %, chegando a
68 %, e acredito que as minhas contas serão rejeitadas este ano. Eu teria que
demitir entre 100 a 150 pessoas e não posso fazer porque são concursados”.
Ao
mesmo tempo, Lenildo destacou que os municípios têm assumido muitas despesas
por questão de obrigação, mais moral do que legal, a exemplo do transporte
universitário, que é obrigação do município assumir, pois ele precisa
qualificar os seus cidadãos, mas legalmente é responsabilidade do Governo
Federal. A ampliação dos serviços oferecidos a população em função da melhoria
da qualidade de vida, nós assumimos isso porque as pessoas acessam com maior
frequência os serviços oferecidos.
A
queda considerada no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) tem
onerado os cofres de cerca de 80% dos municípios, dependentes da receita. Para
a prefeita de Barra do Rocha, Vera Lúcia o município tem vivenciado quedas
sucessivas da receita, sendo que no mês de maio foi registrado o valor de 470
mil, caindo para R$ 205 no mês seguinte, chegando até a quantia de R$ 176 no
mês de julho. “Ou seja, uma queda constante do repasse em contradição ao aumento
das obrigações por parte do Governo Federal”.
Na
busca por soluções, o prefeito de Jussari, Walnio Ribeiro, revela que o está
dialogando com a Assessoria Jurídica e Contábil do município, no intuito de
encontrar alternativas que sejam legais e que não venha colocar em falha o
sistema público. “Nós estamos discutindo condições, criando um diálogo com os
funcionários para que não venham tomar medidas de retirar o quadro de
funcionários. Isso inviabiliza o sistema, e buscaremos outros meios para
estabilizar as contas públicas”.
De
acordo com os prefeitos de Coaraci, Josefina Castro, de Arataca, Fernando
Mansur e de Almadina, Alba Gleide, a queda na arrecadação tem comprometido as
finanças dos municípios, principalmente quando estão relacionadas às áreas da
Educação e Saúde. Segundo os gestores, os recursos não estão sendo suficientes
para atender a uma demanda que aumenta a cada dia. “Apesar de possuir médicos na cidade,
precisamos disponibilizar transportes todos os dias para levar pacientes até
Itabuna para outros tipos de consultas mais especializadas”, comenta Alba.
O
gestor da AMURC, que também é prefeito, revela que é preciso discutir com o
Governo Federal como repactuar as receitas, levando em conta as necessidades
que estão despertadas em função da melhoria da qualidade de vida das pessoas. “Não
dá para entender que saúde tem que ter o mesmo tratamento, a mesma receita
quando tem uma população que cobra mais, quando se tem serviços médicos com
tecnologias diferentes e valores diferenciados com o mesmo modelo de gestão”,
defende Lenildo.
Na
ânsia conquistar investimentos na área de infraestrutura e geração de empregos
para a população, a prefeita de Itajuípe Gilka Badaró revela que tem buscado
incessantemente a aprovação de recursos para o município. “Quando voltei a ser
prefeita de Itajuípe, depois de 16 anos, foi com a esperança de levar para a
cidade, as obras que eu sempre sonhei. Mas, é muito difícil, pois a gente não
consegue em função das inadimplências históricas do município, que até agora não
conseguimos resolver”.
Visando
atenuar a crise financeira instalados nos municípios Sul baianos, o presidente
da Amurc reforça a ideia de buscar a ampliação de algumas receitas que se dão
no campo técnico-político. Segundo ele, os gestores têm que trabalhar no
sentido de estar fortalecendo as idas a Brasília, junto com aos órgãos de
classes para estar defendendo junto às entidades e estar assegurando essa
capacitação de recursos e melhorias de receitas que a gente precisa para os
municípios. “Para que façamos isso, é preciso que tenhamos por parte dos
municípios o domínio das informações que dizem respeito a situação de
estrangulamento de cada um”.
Fonte ASCOM AMURC
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