Informação integra atlas divulgado por Inpe e ONG SOS Mata Atlântica.
Entre 2011 e 2012, bioma brasileiro sofreu perda de 235 km² de floresta.
Espécies de floresta nativas da Mata Atlântica brasileira (Foto: Image courtesy of Pedro Jordano/Science)
O desmatamento na Mata Atlântica entre os anos de 2011 e 2012 causou a
perda de uma área de 235 km² de floresta (que inclui mangues e
restingas), taxa anual considerada a maior desde 2008. As informações
fazem parte do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica,
divulgado na manhã desta terça-feira (4) pelo Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe) e pela organização não-governamental (ONG)
SOS Mata Atlântica.Segundo o atlas, os estados de Minas Gerais, Bahia, Piauí e Paraná são os que têm situação mais crítica, já que nesses locais foi constatado um avanço na derrubada da vegetação nativa.
Minas foi o estado que mais desmatou, responsável por derrubar 107 km² de floresta. De acordo com o atlas, o aumento na taxa de desmate no estado foi 70% maior que no período anterior.
Em seguida, vem a Bahia, que perdeu 45 km² de floresta no período. O Piauí, monitorado pela primeira vez , perdeu 26 km² de área e já é considerado o terceiro estado que mais desmatou o bioma no período de 2011-2012.
Com os dados atualizados, sabe-se que restam apenas 8,5% da vegetação original da Mata Atlântica, que alcança 17 estados brasileiros e é considerada a cobertura mais ameaçada do país.
Essa paisagem natural é uma das mais ricas em biodiversidade, e até 60% de suas espécies de plantas são endêmicas, ou seja, só existem naquela região.
Ainda segundo o atlas do Inpe e da SOS Mata Atlântica, nos últimos 27 anos, o bioma perdeu 18.269 km² de vegetação nativa, uma área equivalente a 12 cidades de São Paulo.
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