CÂMARA DE IBICARAÍ

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domingo, 24 de junho de 2012

Suspeitas de fazer parte de quadrilha de pai de santo são presas no RJ

Elas são irmãs e extorquiam as vítimas de Pai Bruno, segundo a delegada.
As duas mulheres, de 37 e 42 anos, foram presas na manhã deste domingo.

Mylène Neno Do G1 RJ

Pai de santo foi preso na madrugada de quarta-feira (13) (Foto: Reprodução TV Globo) 
Pai de santo foi preso na madrugada de 13 de
junho (Foto: Reprodução TV Globo)
Duas irmãs suspeitas de fazerem parte da quadrilha do pai de santo Edmar dos Santos Araújo, 23 anos, conhecido como "Pai Bruno da Pomba Gira" ou "Pai Bruno de Ogum", foram presas na manhã deste domingo (24) no Rio de Janeiro. Pai Bruno, que prometia trazer a pessoa amada em três horas, foi preso na madrugada de 13 de junho, acusado de ameaçar e extorquir seus clientes. Junto com ele outro homem, Alex Alberto de Souza, que trabalhava como motoboy da quadrilha, segundo a polícia, também foi preso.
Os dois homens foram denunciados pelo Ministério Público de Rio de Janeiro (MP-RJ), por intermédio da Promotoria de Justiça junto à 27ª Vara Criminal, pelos crimes de estelionato, quadrilha e extorsão. A Promotoria requereu ainda a conversão da prisão dos denunciados em preventiva.
De acordo com a delegada Flavia Monteiro de Barros, da 14ª DP (Leblon), as irmãs Viviane Duarte de Souza, de 37 anos, e Luciana Duarte de Souza Reis, de 42 anos, foram presas nesta manhã na Baixada Fluminense, com mandados expedidos pelo plantão judiciário.

"Elas atendiam telefonemas, quando consulta era feita por telefone, e estavam no local das consultas feitas pessoalmente, segundo informaram as testemunhas. No momento da consulta na casa de Pai Bruno era dado um preço, e a função delas era dizer depois que o valor do trabalho não era suficiente", contou a delegada, acrescentando que a dupla foi reconhecida pelas vítimas por fotos.
"A partir daí, quando os clientes se negavam a dar mais dinheiro, começavam a extorqui-los, dizendo que o Pai Bruno ia matá-los, que sabiam onde moravam, que o diabo ia matar os seus filhos", completou Flavia.
Para a delegada, cada um dos presos tinha uma função definida na quadrilha. "Havia uma prévia divisão de funções. Pai Bruno era o mentor, elas faziam as ligações com as ameaças e o motoboy ia ao encontro das vítimas para pegar o dinheiro obtido com as extorsões", explicou ela, acrescentando que a polícia continua as investigações em busca de outros integrantes da quadrilha.
"O crime não é a religião, se a pessoa acredita que vai ter a pessoa em três, cinco horas, não há problema. É questão de fé de cada um. O problema é quando há extorsão. O crime é a extorsão. Investiguei o crime após uma vítima extorquida ter feito uma denúncia na delegacia do Leblon", ressaltou Flávia.
Segundo a delegada, 15 pessoas foram à 14ª DP denunciar a quadrilha de Pai Bruno. "Mas há denúncias em várias delegacias, e acho que as denúncias chegam a 50", disse Flávia, ressaltando que "o número de vítimas, no entanto, deve ser bem maior, já que nem todo mundo denuncia, por medo ou por vergonha".
As irmãs estão presas na 14ª DP e devem ser levadas para o presídio feminino de Bangu ainda neste domingo.

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