No período junino, a procura por aulas desses ritmos é mais intensa.
Para dançar a doisXote e baião se dançam em casal. "A pessoa precisa, primeiro, ter uma percepção de tempo. O forró tem um tempo binário. O passo básico do xote é um pra lá, um pra cá, sendo um passo forte e outro fraco, transferindo o peso do corpo", diz Bruno.
Para fazer charminhoPara dar um charme à dança, você pode girar o parceiro, por dentro ou por fora. Na hora do passo, se afaste da pessoa, marque o tempo com o pé e gire o braço por cima da cabeça do outro. O abre e fecha para os dois lados é outro passo bacana.
Xaxado e coco são danças individuais. No primeiro, a marcação é feita com pé direito, que fica mais a frente do esquerdo e se lança de um lado para o outro, no ritmo na batida. O coco é bem parecido, só que a marcação é feita também com a palma da mão.
A procura por aulas de forró é intensa no período junino. A pessoa mais tímida, com pouco tempo de aprendizado, e o casal que não se desgruda podem até pagar aulas particulares - mas a maioria prefere entrar em uma turma, porque é mais animado. "E a nossa ideia é que ninguém fique 'viciado' no parceiro, pois o objetivo é que você saia daqui sabendo dançar com qualquer pessoa", frisa o professor Bruno Dias.
No dia em que o G1 foi ao Diverso Espaço Cultural, em Casa Forte, na Zona Norte do Recife, onde Bruno e Luciana ensinam dança de salão, o estudante Thiago Cabral estava em sua primeira aula de forró. "Eu me matriculei porque toda vez que eu viajo e digo que sou pernambucano, o povo pensa que eu sei dançar forró, mas não sei nada. Para não passar vergonha nas próximas viagens, resolvi aprender neste São João", conta.
A aposentada Lúcia Paraíso sempre adorou dançar forró e, agora, está aproveitando o tempo livre para se dedicar mais a este prazer. "E eu estou me saindo bem, viu? Não pisei até agora no pé do meu parceiro", brinca.
Thiago Cabral quis aprender forró para não passar mais vergonha em festas (Foto: Luna Markman/G1)
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