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domingo, 24 de junho de 2012

Brasil convoca embaixador no Paraguai para consultas

Embaixador Eduardo dos Santos, em Assunção, deve retornar ao país.
Itamaraty condenou "rito sumário" de destituição do presidente Lugo.

Do G1, em Brasília

O Itamaraty anunciou na noite deste sábado (23) , por meio de nota, que convocou o embaixador do Brasil no Paraguai para consultas. O país também condenou o "rito sumário" de destituição do presidente Fernando Lugo na última sexta-feira (22).
O embaixador Eduardo dos Santos deve retornar a Brasília nesta segunda-feira. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, por meio de sua assessoria de imprensa, a convocação para consulta é um "sinal diplomático de desconforto". O sinal, no entanto, não é "um passo prévio de retirada", mas dependendo do que o embaixador informar ao governo, ele pode permanecer no Brasil ou retornar ao Paraguai. Não há período mínimo ou máximo de permanência do embaixador.
Após reunião da presidente Dilma Rousseff com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e mais três ministros, o governo brasileiro condenou o “rito sumário” de destituição do presidente de Lugo. De acordo com a nota, o amplo direito de defesa de Lugo não foi assegurado.

“O Brasil considera que o procedimento adotado compromete pilar fundamental da democracia, condição essencial para a integração regional", diz o texto.
O Itamaraty informou que medidas estão sendo analisadas com o Mercosul e a Unasul.
“Medidas a serem aplicadas em decorrência da ruptura da ordem democrática no Paraguai estão sendo avaliadas com os parceiros do MERCOSUL e da UNASUL, à luz de compromissos no âmbito regional com a democracia”, diz o texto.
O governo brasileiro ressaltou ainda que "não tomará medidas que prejudiquem o povo irmão do Paraguai".
"O Brasil reafirma que a democracia foi conquistada com esforço e sacrifício pelos países da região e deve ser defendida sem hesitação", diz nota.
 
Veja a íntegra da nota:
Situação no Paraguai

O Governo brasileiro condena o rito sumário de destituição do mandatário do Paraguai, decidido em 22 de junho último, em que não foi adequadamente assegurado o amplo direito de defesa. O Brasil considera que o procedimento adotado compromete pilar fundamental da democracia, condição essencial para a integração regional.
Medidas a serem aplicadas em decorrência da ruptura da ordem democrática no Paraguai estão sendo avaliadas com os parceiros do MERCOSUL e da UNASUL, à luz de compromissos no âmbito regional com a democracia.
O Governo brasileiro ressalta que não tomará medidas que prejudiquem o povo irmão do Paraguai.
O Brasil reafirma que a democracia foi conquistada com esforço e sacrifício pelos países da região e deve ser defendida sem hesitação.
O Embaixador do Brasil em Assunção está sendo chamado a Brasília para consultas.

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