Sacerdote alegou que garoto não entende o sentido do ritual religioso.
Eucaristia foi negada pelo pároco no último domingo em Bom Princípio.
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Mãe e pai ficaram revoltados com atitude tomada pelo padre (Foto: Alexandre dos Santos/RBS TV)
A decisão de um padre de Bom Princípio, no Rio Grande do Sul
causou revolta entre os moradores do município de 11,8 mil habitantes
no último domingo (17). O pároco negou a primeira comunhão a um
adolescente autista de 13 anos, que receberia a eucaristia juntamente
com outras 34 crianças na Paróquia Nossa Senhora da Purificação. A
família está inconformada com a atitude do sacerdote, que afirma não ter
sido movido pelo preconceito. De acordo com a mãe, Maria Silvani
Maldaner, de 41 anos, o menino já estava na fila que se formava no
interior da igreja quando o pároco disse que não iria deixar o garoto
participar do ritual.
Padre alega que menino não está preparado para
assimilar o sentido do ritual (Foto: Alexandre dos
Santos/RBS TV)
"O padre passou reto por mim e disse que meu filho não faria a primeira
comunhão. Mas o guri já estava treinado, ele queria muito isso. Tu
sabes o que é ter de segurar a mão de uma criança que ia receber Jesus e
não vai por causa de um pároco?", lamenta a Silvani. O garoto, batizado
pela Igreja Católica, participou das aulas de catequese junto com
outras crianças na paróquia. A festa para o menino já estava preparada, e
cerca de 90 pessoas haviam sido convidadas.assimilar o sentido do ritual (Foto: Alexandre dos
Santos/RBS TV)
O padre Pedro José Ritter se defende e diz que a Igreja dispensa necessidade do rito da eucaristisa em casos como esse. Ele chegou a ensaiar normalmente com o menino uma semana antes da cerimônia, que teria se negado a receber a hóstia. O sacerdote afirma que o adolescente não estava preparado para entender o sentido da comunhão. "Não posso abrir a boca dele com força e largar um pedacinho da hóstia lá dentro. Tem de ser um ato livre e espontâneo", sustenta.
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