Animal foi entregue a amigos após morder filho da primeira família.
Audiência foi realizada na manhã desta sexta-feira e não houve acordo.
 Foi realizada na manhã desta sexta-feira (15), em Salvador,
 a primeira audiência do caso de duas famílias que disputam uma cadela 
na Justiça. O animal pertencia a uma família e foi levado para a casa de
 amigos após morder uma criança. O caso foi parar na Justiça porque a 
segunda família não quis devolver a cadela alegando que se apegou ao 
animal.
 A dona de casa Bárbara Conceição afirma que a cadela era considerada um
 membro da família. “Fazia parte da família, era um membro da família, 
tanto é que eu chamo Minie [a cadela] de minha filha”, observa.
 Minie é uma cadela da raça Chow Chow que chegou na casa da famlia de 
Bárbara com 32 dias de vida e cresceu junto com a filha mais velha dela e
 os dois filhos menores, que são portadores de deficiência auditiva.
 A mãe conta que a cadela foi essencial no processo de recuperação dos 
filhos, que passaram por um implante no ouvido. “A primeira palavra que 
Daniel falou foi 'au, au'. Foi uma emoção muito grande ao ver meu filho 
imitar o latido do cachorro”, relata.
 O problema começou quando a criança foi mordida próxima ao olho e a 
dona da casa decidiu deixar a cadela, segundo ela, provisoriamente, na 
casa de uma amiga da filha. “Eu fiquei com medo da reação do meu esposo,
 então tentando proteger os dois, eu preferi afastar a Minie por um 
tempo, até as coisas se resolverem. Até saber realmente como iria ficar o
 olho de Daniel, pra mim ele tinha perdido a visão naquele momento, 
porque foi muito feio”, explica.
 Um mês depois do incidente, quando a família foi pegar a cadela, a 
família da amiga não quis devolver o animal e Bárbara registrou um 
boletim de ocorrência em uma delegacia.
 A família que está com Minie abriu um processo no Juizado Especial 
Cível de Causas Comuns. No juizado, a família que está com a cadela 
alegou que Minie sofria maus tratos e que teria sido doada em 
definitivo. “Quando foi dado o cachorro, foi dado com o cartão de 
vacina. Foi dado com toda a documentação. A solicitação de pedido de que
 fosse retirado o cachorro é porque ele corria um risco. Porque disse 
que o pai batia, a criança brincava batendo no cachorro. O cachorro 
sofria maus tratos”, afirma o empresário Pedro Tourinho, com quem a 
cadela está atualmente.
 A audiência
A primeira audiência realizada nesta sexta-feira, durante a tentativa de conciliação, não resultou em acordo. “Houve da outra parte, uma oferta no valor a título de indenização e como ela bem disse, não se trata de indenização pecuniária, é problema de afeto”, afirma o advogado da família de Bárbara.
A primeira audiência realizada nesta sexta-feira, durante a tentativa de conciliação, não resultou em acordo. “Houve da outra parte, uma oferta no valor a título de indenização e como ela bem disse, não se trata de indenização pecuniária, é problema de afeto”, afirma o advogado da família de Bárbara.
 “Foi ofertado um valor a título de indenização. O valor que daria para 
adquirir um novo animal, mas a parte ré não aceitou a proposta e o juiz 
marcou uma audiência de instrução, onde vão ser colhidas provas 
testemunhais, provas documentais, e o caso irá para a sentença", explica
 o advogado da família do empresário Pedro Tourinho.
 As duas partes alegam que não abrem mão da cadela. “Não vendo de jeito 
nenhum, não tem acordo. Eu quero ela de volta”, afirma Bárbara.
“Tá na mão de Deus e vai ser a verdade. Quem tiver com a verdade, Deus vai prevalecer”, retruca o empresário Pedro Tourinho.
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