Indígenas ocuparam trecho próximo do local da construção da Usina.
Consórcio Construtor de Belo Monte informou que a obra continua.
Índio protesta com arco em Belo Monte (Foto: Glaydson Castro / TV Liberal)
Cerca de 300 indígenas e ambientalistas protestaram na manhã desta
sexta-feira (15) contra a construção da usina hidrelétrica de Belo
Monte, em Altamira, PA. A manifestação ocorreu a cerca de 50 quilômetros
da sede do município, na área conhecida como ensecadeira, uma espécie
de barragem de terra erguida no rio Xingu pelo Consórcio Construtor de
Belo Monte (CCBM).
Manifestantes usam picaretas para abrir valas na
ensecadeira (Foto: Glaydson Castro / TV Liberal)
Os índios usaram picaretas para abrir valas na ensecadeira, fazendo o
rio fluir através da obra, que ainda está incompleta. Eles também
plantaram mudas de açaizeiro no local e fixaram cruzes e equipamentos
agrícolas, como enxadas e pás, para simbolizar o descontentamento das
comunidades indígenas e ribeirinhas da região com a construção da usina.ensecadeira (Foto: Glaydson Castro / TV Liberal)
Os manifestantes permanecem no local. O Consórcio Construtor de Belo Monte informou que não vai se pronunciar sobre a ocupação da ensecadeira, mas disse que o protesto não afetou a continuidade da obra, já que os canteiros de Belo Monte ficam a cerca de um quilômetro do local onde estão os manifestantes.
A Norte Energia, empresa responsável pela construção e operação da usina, informou que considera os protestos que ocorrem no sítio Pimental, área onde fica a ensecadeira, como ações oportunistas que visam conseguir visibilidade pela atenção que o Brasil conseguiu por causa da conferência ambiental Rio+20, e que a usina hidrelétrica de Belo Monte é um exemplo de produção de energia limpa e renovável.
Entenda o casoA Usina Hidrelétroca de Belo Monte está sendo construída no rio Xingu, em Altamira, no sudoeste do Pará, com um custo previsto de R$ 19 bilhões. O projeto tem grande oposição de ambientalistas, que consideram que os impactos para o meio ambiente e para as comunidades tradicionais da região, como indígenas e ribeirinhos, serão irreversíveis.
Índios plantam mudas de açaizeiro na ensecadeira de Belo Monte (Foto: Glaydson Castro / TV Liberal)
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