Manifestante estava com coquetel molotov na mochila, em setembro/2013.
Ele terá que prestar serviço comunitário por 3 anos; cabe recurso da decisão.
Um rapaz acusado de portar um coquetel molotov durante um protesto na região da Avenida Paulista, em São Paulo, no dia 7 de setembro de 2013, foi condenado pela Justiça por lesão corporal. Ele terá que prestar serviços comunitários por três anos. A decisão da 13ª Vara Criminal é em primeira instância e cabe recurso.
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Segundo o processo, o assistente técnico Renan Buso, na época com 21 anos, foi preso em flagrante após a Polícia Militar ser cercada por um grupo de “black blocks”, que atacaram a PM com pedras e palavras ofensivas durante uma manifestação no Dia da Independência. Os agressores entraram em uma lanchonete, que estava aberta e com clientes, onde foram abordados pela polícia. O comércio fica na esquina com a Rua Pamplona.
No local, os agentes contaram ter encontrado um suposto explosivo dentro de uma mochila do assistente técnico, formado por uma garrafa com um líquido com odor de gasolina, com um pano, funcionando como um pavio. Os policiais relataram à Justiça que o manifestante estava vestido de “punk”.
Após ser levado para a delegacia com um grupo de 70 pessoas, Buso pagou fiança e respondeu ao processo em liberdade. A defesa do condenado disse, no processo, que não havia prova para condená-lo, mas um laudo pericial apontou que o artefato apreendido “apresentava potencial incendiário, tratando-se do popular ‘coquetel molotov’”.
Como Renan Buso é réu primário e tem antecedentes criminais, a juíza Cláudia Carneiro Calbucci Renaux determinou pena com prestação de serviços à comunidade, além de pagamento de multa de cerca de R$ 300. Em caso de descumprimento, a pena poderá ser substituída por prisão.
O G1 tentou contato com o defensor do assistente técnico, mas até as 12h30 desta quarta-feira (16), o advogado não havia sido encontrado para comentar o assunto.
Absolvido
Um rapaz também foi denunciado pela Polícia Civil como portador de explosivos, mas a Justiça entendeu que não havia provas suficientes para condená-lo e decidiu absolve-lo. No interrogatório, ele afirmou que trabalhava como fotógrafo na manifestação e que entrou na lanchonete com medo de ser agredido durante a confusão. O suspeito também negou que houvesse um “coquetel molotov” em sua mochila.
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