Na véspera, dólar caiu 3,73%, a R$ 3,99 - maior queda diária desde 2008.
Na semana e mês, moeda acumula alta de 0,84% e 10,04%, respectivamente
O dólar opera em queda nesta sexta-feira (25) e chegou a ser cotado abaixo de R$ 3,90, dando continuidade ao recuo da véspera, após o Banco Central manter forte sua presença no mercado com anúncio de duas intervenções adicionais, além da esperada rolagem de swaps cambiais.
Às 9h49, a moeda norte-americana caía 1,52%, a R$ 3,9307. Veja a cotação.
Veja a cotação ao longo dia:
Às 9h09, caía 1,84%, a R$ 3,9181.
Às 9h19, caía 2,52%, a R$ 3,8907.
Às 9h29, caía 1,78%, a R$ 3,9202.
Às 9h39, caía 1,43%, a R$ 3,9341.
O BC atuará três vezes no mercado nesta sessão, com um leilão de até 20 mil novos swaps, equivalentes a venda futura de dólares; um leilão de venda de até 1 bilhão de dólares com compromisso de recompra; e oferta de até 9,45 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em outubro.
Véspera
Na quinta, o dólar caiu 3,73%, a R$ 3,9914. Na máxima da sessão, chegou a saltar para R$ 4,2491, segundo a Reuters. A moeda deixou o patamar de R$ 4 no qual permaneceu por dois dias. Foi a maior queda diária desde 2008.
Na semana e no mês, o dólar acumula alta de 0,84% e 10,04%, respectivamente. No ano, há valorização de 50,13%.
A moeda perdeu força e passou a cair depois de declarações do presidente do BC, Alexandre Tombini, que sugeriu que poderão ser feitos leilões de dólares no mercado à vista.
No fim da sessão, o bom humor ganhou mais um impulso com o anúncio de um programa de leilões diários de venda e compra de títulos pelo Tesouro Nacional, em meio a forte volatilidade nos juros futuros.
Questionado sobre o possível uso das reservas internacionais no câmbio, Tombini disse que "todos os instrumentos à disposição do Banco Central estão no raio de ação caso seja necessário à frente".
Operadores relutavam em estimar até que ponto o dólar deve subir, mas é unânime a percepção de que deve continuar pressionada. O dólar subiu nos cinco dias anteriores, acumulando alta de 8,14%.
A moeda norte-americana tem sido pressionada pela deterioração das contas públicas do Brasil e pelas turbulências políticas. Investidores temem que o país perca seu selo de bom pagador por outras agências de classificação de risco além da Standard & Poor's.
Recordes
O dólar ultrapassou a cotação de R$ 4 pela primeira vez na história esta semana, por preocupações com o ajuste fiscal no Brasil e com a possibilidade do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, elevar a taxa de juros do país. Se isso acontecer, os EUA se tornam mais atrativos aos investimentos, e pode haver uma forte saída de dólares do Brasil – seguindo o princípio da oferta e da procura, quanto menos dólares à disposição, mais caros eles ficam
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