Wagner da Silva teve 30% do corpo queimado e estava sob custódia.
ONG inaugurou prédio e voltou à comunidade nesta quarta-feira.
Wagner Morais da Silva, de 20 anos, suspeito de atear fogo no imóvel do
AfroReggae, no Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio,
morreu nesta quarta-feira (31). Ele estava preso sob custódia no
Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, desde 16 de julho, quando
aconteceu o incêndio.
No dia 16, assim como a pousada do AfroReggae, a redação do jornal
comunitário "Voz da Comunidade", no Beco da União, na localidade da
Grota, também foi incendiada. As chamas atingiram o primeiro e o
terceiro andar do prédio de três pavimentos.
O coordenador da ONG, José Júnior, chegou a informar que duas a quatro
pessoas teriam invadido a pousada. Wagner da Silva foi encontrado dentro
do imóvel e era apontado pela polícia como o principal suspeito. Ele
teve 30% do corpo queimado.
Inauguração
O grupo AfroReggae voltou com suas atividades no Conjunto de favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio, nesta quarta-feira (31), em um novo espaço. No entanto, na noite de terça-feira (30), a pousada mantida pelo grupo na comunidade foi alvejada por oito tiros de fuzil, de acordo com o coordenador do AfroReggae, José Junior. O imóvel é o mesmo que pegou fogo no dia 16. Para Junior, os dois ataques foram premeditados e comandados pelo pastor Marcos Pereira, preso acusado por estupro. A polícia investiga se o incêndio foi criminoso.
O grupo AfroReggae voltou com suas atividades no Conjunto de favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio, nesta quarta-feira (31), em um novo espaço. No entanto, na noite de terça-feira (30), a pousada mantida pelo grupo na comunidade foi alvejada por oito tiros de fuzil, de acordo com o coordenador do AfroReggae, José Junior. O imóvel é o mesmo que pegou fogo no dia 16. Para Junior, os dois ataques foram premeditados e comandados pelo pastor Marcos Pereira, preso acusado por estupro. A polícia investiga se o incêndio foi criminoso.
Coordenador do AfroReggae acusa pastor Marcos Pereira de ter encomendado disparos (Foto: Mariucha Machado / G1)
Procurado pelo G1,
o advogado do pastor Marcos Pereira, Marcelo Patrício, respondeu: “Isso
é impossível. Só se o pastor for telepata, porque ele não se comunica
com ninguém lá dentro. Ele está recebendo visitas da família uma vez por
semana só. Essas acusações são ridículas. Nem com outros presos ele tem
contato, porque ele está em uma cela isolada.”
Após o incêndio, o AfroReggae resolveu encerrar seus núcleos no Alemão.
A Prefeitura do Rio assumiu a responsabilidade pelo novo espaço na
comunidade, dando um caráter mais oficial e estatal às atividades
sociais desenvolvidas no conjunto de favelas.
Na inauguração, o comandante das UPPs, coronel Paulo Henrique de Moraes
confirmou que uma rajada de tiro atingiu a pousada do AfroReggae por
volta das 20h de terça. Segundo ele, os tiros foram dados de longa
distância. Além do oficial, o governador Sergio Cabral, o vice Luiz
Fernando Pezão e o secretário de Segurança José Mariano Beltrame
participaram.
Segundo o coordenador do AfroReggae, a fachada da pousada ficou bem
danificada com os tiros. "Eu acho que eles queriam intimidar para não
abrir hoje". Junior contou que a equipe está com medo, mas se o
AfroReggae fechar vai ser um retrocesso. Ele contou ainda que o trabalho
social vai ser ampliado.
Junior afirmou que vai andar com seguranças particulares, a partir
desta quarta-feira. "Eu não estou seguro desde fevereiro de 2012, quando
denunciei o pastor Marcos Pereira. Já estamos numa guerra. Ja está
declarado que há uma guerra e querem me matar. Eu tenho receio dos
inocentes", afirmou.
O secretário Beltrame não descarta que o tiroteio de terça-feira no
Alemão tenha sido em represália a José Junior. "Nós não podemos esquecer
do que tínhamos aqui. A ação do tráfico aqui. A políia daqui não sai,
só aumenta". Beltrame afirmou que José Junior terá todos os cuidados
necessários. " O movimento é mais contra ele, contra a sua história,
mais do que contra a UPP".
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