Um sistema em implantação nas centrais de operação das quatro
principais empresas de telefonia móvel do país restringirá, a partir do
primeiro trimestre de 2013, o uso de celulares piratas. A Agência
Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Sinditelebrasil – sindicato
que representa as teles – não sabem dizer quantos aparelhos piratas
estão em operação hoje no país. A Anatel faz ações de fiscalização para
tirar esses equipamentos do mercado, mas informou que também não possui
levantamento sobre o número de apreensões. Mesmo assim, Telefônica/Vivo,
TIM, Claro e Oi pretendem investir mais de R$ 10 milhões para bloquear
os equipamentos piratas. Com a medida, as empresas do setor esperam
reduzir o número de reclamações contra o serviço – segundo as
operadoras, esses aparelhos são de baixa qualidade e costumam ter mais
queda de chamadas, o que contribui com as queixas às centrais de
atendimento. O programa que vai bloquear os piratas funciona por meio do
reconhecimento do código de identificação que todo celular possui, o
chamado IMEI, captado pela central das companhia quando realiza-se uma
chamada. Esse procedimento vai ser feito quando um usuário cadastrar um
novo chip, o que é necessário para habilitar a linha e realizar as
ligações. Se um pirata for identificado pelo programa, a operadora
avisará a pessoa que a habilitação não vai ser possível e o motivo. Para
impedir que o cliente use um celular homologado para fazer o cadastro
do chip e depois troque por um pirata, o sistema também vai passar a
acompanhar o IMEI dos aparelhos usados por todas as linhas habilitadas a
partir do primeiro trimestre do ano que vem. Entretanto, quem já tem um
chip habilitado, e utiliza um aparelho ilegal, vai poder continuar
usando após a entrada em operação do sistema, pois eles não vão ser
reconhecidos. Em um segundo momento, o programa vai ser capaz também de
identificar, por meio do IMEI, aparelhos que tenham sido alvo de furto
ou roubo – e bloqueá-los para uso. Os telefones piratas não são
homologados pela Anatel e, na maioria das vezes, chegam ao mercado
brasileiro via contrabando. Sem a homologação (certificação), não há
garantia de que o aparelho atenda aos requisitos técnicos de
funcionamento exigidos no país.
FONTE: BAHIA NOTÍCIAS
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