Fernanda Gomes de Castro foi condenada por sequestro e cárcere privado.
Ela viajou neste sábado (24) e deve ficar no local por uma semana.
Fernanda, ex-namorada de Bruno, em audiência
em novembro de 2010 (Foto: Pedro Triginelli/G1)
em novembro de 2010 (Foto: Pedro Triginelli/G1)
Fernanda Gomes de Castro, que foi condenada nesta sexta-feira (23) a
cinco anos de prisão pelo sequestro e cárcere privado de Eliza Samudio e
do filho dela, viajou neste sábado (24) para o Rio de Janeiro. Segundo a
advogada Carla Silene, que a defendeu no júri, ela deve ficar pelo
menos uma semana em um retiro espiritual.
“Ela é católica e vai ficar cerca uma semana ou mais, não sei
exatamente o período, em um templo em Santa Cruz, no Rio de Janeiro. A
Fernanda vai para esse lugar a partir de segunda-feira (26). Até domingo
(25), recomendei que ela procurasse descansar um pouco e ficar com a
família”, disse a advogada.
Carla informou que a cliente está tranquila e que já esperava pela
condenação no Tribunal do Júri de Contagem. “Dentro do contexto que se
apresentou, ela já esperava esse resultado”. O único detalhe que a
defensora de Fernanda ainda não soube esclarecer é a forma como será
cumprida a pena. "Ficou essa dúvida no ar, a juíza Marixa Fabiane não
nos esclareceu esse ponto. Ela não permitiu minha permanência na sala
secreta para saber como foi feita a dosimetria da pena. O que posso
garantir é que ainda não há cumprimento da sentença. Ela não volta para a
cadeia.”
A advogada disse que vai entrar com recurso contra a decisão da juíza.
“Já tenho um recurso da sentença de pronúncia, que está no Tribunal de
Justiça de Minas Gerais e será levado para o Superior Tribunal de
Justiça e para o Supremo Tribunal Federal. Nesta segunda-feira, entrarei
com recurso da decisão desta sexta-feira pelo júri do caso.
Segundo Carla, Fernanda está emocionalmente abalada por causa da
condenação, mas está de cabeça erguida por não ter sido pronunciada pelo
homicídio de Eliza.
Sentença
O júri popular do caso Eliza Samudio condenou, na noite desta sexta-feira (23), no Fórum de Contagem, em Minas Gerais, os réus Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do goleiro Bruno, pelo envolvimento na morte da ex-amante do jogador, em crime ocorrido em 2010. Conforme sentença da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, Macarrão foi considerado culpado pelos crimes de homicídio e sequestro e cárcere privado. Fernanda foi condenada por sequestro e cárcere privado.
O júri popular do caso Eliza Samudio condenou, na noite desta sexta-feira (23), no Fórum de Contagem, em Minas Gerais, os réus Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do goleiro Bruno, pelo envolvimento na morte da ex-amante do jogador, em crime ocorrido em 2010. Conforme sentença da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, Macarrão foi considerado culpado pelos crimes de homicídio e sequestro e cárcere privado. Fernanda foi condenada por sequestro e cárcere privado.
Os jurados saíram do plenário em direção à sala secreta às 21h e
voltaram depois de mais de duas horas. Durante esse período, eles
responderam a quesitos preparados pela juíza Marixa, com a concordância
de advogados e do promotor. Com respostas "sim" e "não", os jurados
decidiram se os réus cometeram o crime, se podem ser considerados
culpados e se há agravantes ou atenuantes, como ser réu primário. Em
seguida, a juíza redigiu a sentença.
O júri popular, que teve início com cinco réus, acabou com apenas dois
acusados: Macarrão e Fernanda. O jogador Bruno Fernandes de Souza, que
era titular do Flamengo, é acusado de ter arquitetado a morte da
ex-amante, em 2010, para não ter de reconhecer o filho que teve com
Eliza nem pagar pensão alimentícia. Bruno, a sua ex-mulher Dayanne
Rodrigues e o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, tiveram o
júri desmembrado pela juíza Marixa e serão julgados em 2013. (Acompanhe o dia a dia do júri popular do caso Eliza.)
O crime
Conforme a denúncia, Eliza foi levada à força do Rio de Janeiro para um sítio do goleiro, em Esmeraldas (MG), onde foi mantida em cárcere privado. Depois, a vítima foi entregue para o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que a asfixiou e desapareceu com o corpo, nunca encontrado. O bebê Bruninho foi achado com desconhecidos em Ribeirão das Neves (MG).
Conforme a denúncia, Eliza foi levada à força do Rio de Janeiro para um sítio do goleiro, em Esmeraldas (MG), onde foi mantida em cárcere privado. Depois, a vítima foi entregue para o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que a asfixiou e desapareceu com o corpo, nunca encontrado. O bebê Bruninho foi achado com desconhecidos em Ribeirão das Neves (MG).
Além dos três réus que tiveram o júri desmembrado, dois acusados serão
julgados separadamente – Elenílson Vitor da Silva e Wemerson Marques de
Souza. Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, foi morto a tiros em agosto.
Outro suspeito, Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, teve o
processo arquivado.
Investigações
A polícia encerrou o inquérito com base em laudos que atestam presença de sangue de Eliza em um carro de Bruno, nos depoimentos de dois primos que incriminam o goleiro, em sinais de antena de celular e multas de trânsito que mostram a viagem do grupo do Rio de Janeiro até Minas Gerais e em conversas de Eliza com amigos pela internet, nas quais relata o medo que sentia.
A polícia encerrou o inquérito com base em laudos que atestam presença de sangue de Eliza em um carro de Bruno, nos depoimentos de dois primos que incriminam o goleiro, em sinais de antena de celular e multas de trânsito que mostram a viagem do grupo do Rio de Janeiro até Minas Gerais e em conversas de Eliza com amigos pela internet, nas quais relata o medo que sentia.
Eliza também havia prestado queixa contra o atleta quando ainda estava
grávida, dizendo que ele a forçou, armado, a tomar abortivos. Ela ainda
deixou um vídeo dizendo que poderia aparecer morta se não tivesse
proteção.
Júri de Bruno é adiado e Macarrão liga goleiro ao crime
A terceira sessão, que durou da manhã de quarta até a madrugada de quinta-feira (22), foi marcada pelo interrogatório do réu Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, que disse ter levado de carro a ex-amante do jogador até local indicado pelo goleiro, em Belo Horizonte, onde a jovem entrou em um Palio. "Ele ia levar ela para morrer", afirmou sobre a ordem. Ele disse que não sabia o que iria acontecer com Eliza, mas que "pressentia" que a jovem seria morta.
A terceira sessão, que durou da manhã de quarta até a madrugada de quinta-feira (22), foi marcada pelo interrogatório do réu Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, que disse ter levado de carro a ex-amante do jogador até local indicado pelo goleiro, em Belo Horizonte, onde a jovem entrou em um Palio. "Ele ia levar ela para morrer", afirmou sobre a ordem. Ele disse que não sabia o que iria acontecer com Eliza, mas que "pressentia" que a jovem seria morta.
Pela manhã de quarta, Bruno deixou o júri após ter o julgamento
desmembrado e adiado para 4 de março de 2013 por decisão da juíza Marixa
Fabiane Lopes Rodrigues, atendendo pedido da defesa. Lúcio Adolfo, novo
advogado de Bruno após a saída de Francisco Simim, alegou não conhecer o
processo
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