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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Após 16 semanas de alta, mercado baixa previsão de inflação para 2012

Analistas dos bancos também reduziram estimativa para Selic em 2013.
Previsões constam no relatório de mercado, divulgado pelo Banco Central.

Alexandro Martello Do G1, em Brasília
Após 16 semanas consecutivas de crescimento, o mercado financeiro baixou sua previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado como referência no sistema de metas de inflação do governo federal, de 2012.
A informação foi divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira (5), por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. O documento é fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.
Segundo informou o BC, a expectativa do mercado financeiro para o IPCA deste ano passou de 5,45% para 5,44% na semana passada. Para 2013, a estimativa dos analistas dos bancos para a inflação permaneceu estável em 5,40%.
Taxa de juros
Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Para 2012, 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Em 2011, o IPCA ficou em 6,50% - no teto do sistema de metas do governo brasileiro.
Após o corte de 0,25 ponto percentual nos juros em outubro, para 7,25% ao ano, a menor taxa da história, os economistas dos bancos acreditam que a taxa básica da economia, determinada pelo Banco Central, permanecerá estável neste patamar até o fim deste ano. Em 2013, os analistas preveem alta dos juros. Essa alta, entretanto, deverá ser menor do que o estimado anteriormente, visto que a previsão do mercado para os juros no fim do próximo ano caiu de 7,75% para 7,63% ao ano.
Crescimento do PIB
A estimativa do mercado financeiro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, por sua vez, permaneceu estável em 1,54% na última semana. Para 2013, a previsão dos analistas do mercado permaneceu em 4% de expansão.
Se confirmado, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano será o pior desde 2009, quando o país sentia os efeitos da primeira etapa da crise financeira internacional. Naquela ocasião, o PIB registrou retração de 0,3%.
Para a produção industrial, entretanto, a estimativa de crescimento, dos analistas dos bancos, recuou em 2012. Neste ano, a previsão de queda passou de 2,10% para 2,31%. Já em 2013, a expectativa de crescimento permaneceu em 4,15%.
Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2012 subiu de R$ 2,01 para R$ 2,02 por dólar. Para o fechamento de 2013, a estimativa permaneceu inalterada em R$ 2,01 por dólar.
A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2012 caiu de US$ 18,45 bilhões para US$ 18,20 bilhões na semana passada. Para 2013, a previsão do mercado para o saldo positivo da balança comercial brasileira permaneceu inalterada em US$ 15 bilhões.
Para 2012, a projeção de entrada de investimentos no Brasil avançou de US$ 59,6 bilhões para US$ 60 bilhões. Para 2013, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeiros permaneceu estável em US$ 60 bilhões na última semana.

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