Palácio dos Bandeirantes diz que reunião definirá alcance da medida.
Conversa ocorre após troca de críticas entre ministro e secretário.
A presidente da República, Dilma Rousseff, telefonou na tarde desta
quinta-feira (1º) para o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para
tratar de uma ação conjunta entre os governos federal e estadual no
combate à violência no estado. De acordo com o governo de São Paulo,
ficou definido que chefes do crime organizado serão transferidos para
presídios federais. Detalhes das transferências e outras parcerias devem
ser discutidos em reunião que será realizada na próxima semana, segundo
o Palácio dos Bandeirantes.
As definições foram tomadas após uma sequência de críticas trocadas
entre o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o secretário da
Segurança Pública de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto. Eles divergiram
sobre a oferta de ajuda. Cardozo afirma ter oferecido, desde julho,
inteligência e transferência de presos. O secretário afirma não ter
recebido proposta e diz que teve negado pedido de recursos na ordem de
R$ 149 milhões para equipamentos.
Nesta tarde, Dilma e Alckmin definiram os primeiros passos para
encerrar a polêmica. Segundo a assessoria do governo paulista, na
conversa entre Dilma e Alckmin ficou definido que a Secretaria da
Segurança Pública (SSP), a Secretaria de Administração Penitenciária
(SAP) e Ministério da Justiça devem se reunir para definir quantos serão
os detentos transferidos e para quais presídios serão levados.
Dilma e Alckmin acertaram que o acordo terá o mesmo status que
parcerias para as obras de infraestrutura, habitação popular e combate à
miséria. Ainda de acordo com o governo de São Paulo, será formado grupo
de trabalho para estudar outros possíveis apoios.
Em Brasília, a informação sobre a conversa foi divulgada pela ministra
da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Helena Chagas.
Segundo a ministra, Alckmin aceitou o auxílio da União para reforçar a
segurança no estado.
Reunião em São Paulo
Helena Chagas informou que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, irá a São Paulo na próxima semana para se reunir com integrantes do Palácio dos Bandeirantes e começar a delinear as estratégias da ação. Nesta conversa preliminar, os representantes das esferas federal e estadual irão debater o que é possível fazer para conter a ação dos criminosos.
Reunião em São Paulo
Helena Chagas informou que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, irá a São Paulo na próxima semana para se reunir com integrantes do Palácio dos Bandeirantes e começar a delinear as estratégias da ação. Nesta conversa preliminar, os representantes das esferas federal e estadual irão debater o que é possível fazer para conter a ação dos criminosos.
“A situação [de violência] levou a presidente a ligar para o
governador. O importante é prestar um serviço à população de São Paulo”,
disse a ministra da Comunicação Social.
A conversa entre Dilma e Alckmin ocorreu por volta das 14h e foi breve,
de acordo com a ministra. Helena afirmou que, no contato telefônico, a
presidente e o governador não chegaram a tratar como se dará a
força-tarefa.
A ministra ressaltou que a presidente e o governador não abordaram no
telefonema a troca de críticas entre o ministro da Justiça e o
secretário de Segurança Pública de São Paulo. De acordo com Helena, a
conversa entre Dilma e Alckmin foi institucional. "A presidente não
participa dessa troca de versões", disse.
Morte de PMs e aumento da criminalidade
Desde o começo do ano, 88 policiais militares foram executados em São Paulo. Ao longo do ano, o governo do estado também registrou aumento no índice de crimes contra a vida (homicídios dolosos e latrocínios), conforme balanços da Secretaria da Segurança Pública.
O Ministério Público apura se policiais militares estão envolvidos em mortes: há suspeitas de que agentes da lei descontentes com as mortes dos colegas formaram grupos de extermínio e milícias para revidar os ataques contra criminosos.
Desde o começo do ano, 88 policiais militares foram executados em São Paulo. Ao longo do ano, o governo do estado também registrou aumento no índice de crimes contra a vida (homicídios dolosos e latrocínios), conforme balanços da Secretaria da Segurança Pública.
O Ministério Público apura se policiais militares estão envolvidos em mortes: há suspeitas de que agentes da lei descontentes com as mortes dos colegas formaram grupos de extermínio e milícias para revidar os ataques contra criminosos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário