Por G1
O dólar continua
em trajetória de valorização nesta segunda-feira (13), chegando a superar R$
3,90. As preocupações com a situação monetária da Turquia deixam os
investidores com maior aversão ao risco nos mercados globais, em especial nos
de países emergentes, destaca a Reuters.
Crise
monetária na Turquia ameaça emergentes
Às 10h41, a
moeda norte-americana subia 0,83% , a 3,8967. Na máxima do dia até o momento,
chegou a R$ 3,9152. Já o dólar turismo era vendido a R$ 4,06, sem o acréscimo
do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). Veja mais cotações.
Na sexta-feira,
o dólar encerrou a R$ 3,8646, acumulando valorização de 4,25% na semana. No
mês, acumula alta de 2,97%.
Educação
Financeira: Quando é hora de comprar dólar?
Crise na Turquia
O Banco Central
da Turquia anunciou nesta segunda que vai injetar US$ 6 bilhões e
o equivalente a US$ 3 bilhões em ouro no sistema financeiro do país para
garantir a liquidez dos bancos e tentar conter a queda da lira turca frente ao dólar.
Os problemas na
Turquia são antigos, mas o movimento de aversão ao risco ganhou força na
sexta-feira com a notícia de que o Banco Central Europeu (BCE) estaria preocupado
com a exposição dos bancos ao país. A Turquia tem o maior déficit em conta
corrente do G-20, uma economia em superaquecimento e forte desvalorização do
câmbio, o que tem levado a inflação a mais de 15% na base anual, segundo o
Valor Online.
A lira turca,
que já perdeu mais de 40% de seu valor em 2018 na comparação com o dólar e o
euro, desabou na sexta, provocando uma onda de pânico nos mercados.
Analistas
defendem que o Banco Central turco aumente as taxas de juros para defender a
lira e controlar a inflação (que em julho alcançou a 16% em ritmo anual), mas o
presidente do país rejeita a medida.
Na semana
passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que vai dobrar as taxas sobre a importação de
aço e alumínio turcos, usando a taxa de câmbio entre os dois países como
justificativa.
Ação do BC
O Banco Central
brasileiro realiza nesta sessão leilão de até 4,8 mil swaps cambiais
tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem do
vencimento de setembro, no total de US$ 5,255 bilhões.
Se mantiver essa
oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
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