Homem que se proclama reencarnação de Jesus mora em chácara no DF.
Líder faz crítica à Copa do Mundo, mas diz gostar de ver o Brasil em campo.
Orgulhoso de seu desempenho como goleiro na época de escola, quando ficava na defesa por “achar absurdo correr atrás da bola”, Inri Cristo afirmou ao G1 apreciar como a Copa do Mundo pode promover a interação entre os países e negou torcer por uma seleção específica – apesar de gostar de ver o time comandado por Felipão em campo. O homem se proclama a reencarnação de Jesus Cristo e mora com os seguidores em um núcleo rural doGama, no Distrito Federal.
“Reconheço o esforço titânico dos jogadores brasileiros e do técnico a fim de manter o equilíbrio, a postura e a dignidade”, declarou. “A competência, o esforço do goleiro brasileiro é indiscutível. No momento, não vejo ninguém [melhor do que ele para a função]. Um que poderia se equiparar está na prisão mineira [Bruno, ex-Flamengo]. Como disse anteriormente, o Júlio César é o imperador da trave.”
O líder religioso também não esconde que se preocupa em analisar os oponentes do Brasil na véspera das partidas. Ao lado de sua cadeira na sala principal da Suprema Ordem Universal da Santíssima Trindade, ele deixa de lado a ideia de pertencer a uma "consciência universal" e ostenta uma bandeira brasileira. Simpatias por causa de futebol são, no entanto, proibidas: "Deus é o único instrumento de fé."
A recomendação dele, inclusive, é de que os jogadores e técnicos invoquem aos céus para buscar inspiração durante o torneio. Mas, apesar de apreciar o evento, o religioso não deixa de ver problemas relacionados ao Mundial.
"A Copa do Mundo também serviu para maquiar a realidade, dopar a memória do povo induzindo-o a esquecer momentaneamente as misérias, as dificuldades, a fome", disse. "[E tem uma injustiça] Os jogadores trabalham em equipe, sozinho ninguém faz nada, e, na hora 'H', só aquele que marcou o gol é reconhecido pelos aficionados em futebol."
O profeta completa. “Se eu pudesse, compraria 22 bolas e dava uma para cada jogador, pois não gosto de ver meus filhos quase se matando indo atrás de uma bola só. [...] Brinco dizendo que prefiro não ver meus filhos se batendo, um querendo tirar a bola do outro. A solução é simples: se eu tivesse recursos econômicos, daria uma bola para cada um deles e todos ficariam tranquilos, cada um com a sua bola, já que é isso que eles querem.”
Recusando a ideia de apontar quem vai levar a Taça da Copa do Mundo, Inri resolveu ser enigmático e disse que é importante que as pessoas tenham consciência que nem todo mundo que sai vitorioso é necessariamente campeão. Ele ainda ironizou a ideia de ter um amuleto em prol da seleção.
"Todos os dias eu uso verde e amarelo internamente, comendo abacate, que é amarelo por dentro e verde por fora e faz bem para minha pele, para saúde. Pelo menos pra mim dá muita sorte", brincou.
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