CÂMARA DE IBICARAÍ

CÂMARA DE IBICARAÍ

sábado, 14 de setembro de 2013

Testemunha muda depoimento sobre desaparecimento de Amarildo no Rio

Mulher disse que mentiu por coação do ex-comandante da UPP Rocinha. 

Ela teria dado versão em troca de pagamento de aluguel fora da favela.

Do G1 Rio
19 comentários
Uma moradora da Rocinha, na Zona Sul do Rio, voltou atrás no depoimento que deu sobre o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, que completa dois meses neste sábado (14). Segundo ela, o ex-comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela, major Edson Santos, a teria coagido a mudar o depoimento dado anteriormente.
Cronologia Amarildo valendo (Foto: Editoria de Arte/G1)
Na declaração anterior, a mulher havia afirmado que traficantes teriam assassinado o ajudante de pedreiro, mas, no novo depoimento, a testemunha afirmou que o ex-comandante teria pedido que ela mentisse em troca do pagamento do aluguel de um imóvel fora da Rocinha. Ela negou, ainda, o envolvimento de Amarildo com criminosos.
A Polícia Civil investiga, ainda, o desaparecimento de um filho da testemunha, no dia 5 de setembro, cujo registro foi feito apenas um dia antes do novo depoimento da mulher. A ocorrência dá conta de que o rapaz, dependente químico, sumiu após levar um carregamento de drogas até o Caju, a pedido de um traficante conhecido como Catatau.
O ajudante de pedreiro desapareceu na noite de 14 de julho, depois de ser abordado e levado por policiais militares para uma averiguação na UPP da comunidade. Os policiais negam que tenham participação no crime. A Divisão de Homicídios (DH), responsável pelas investigações, trabalha com dois possíveis responsáveis: traficantes ou policiais militares.
Por telefone, o ex-comandante da UPP, major Edson Santos negou as declarações e informou que são todas mentirosas. Além disso, o oficial disse que entranhou o fato do depoimento ter sido feito logo após o desaparecimento do filho.
Reconstituições
A Polícia Civil realizou duas reconstituições do desaparecimento de Amarildo de Souza. A primeira foi feita no dia 1º de setembro e a segunda seis dias depois. Os policiais fizeram o caminho dos agentes que levavam o ajudante de pedreiro, dentro e fora da comunidade. Os peritos utilizaram dados do GPS do carro dos policiais militares para fazer o caminho.
Novo comando
Após as polêmicas, o comando da Unidade de Polícia Pacificadora foi trocado. O major Edson Santos, que comandava a UPP desde sua criação foi substituído pela major Pricilla de Azevedo, que comandou a primeira unidade do estado, no morro Santa Marta, em Botafogo.
Trajeto do veículo
O carro deixou a Rocinha, passou pela Zona Sul, e seguiu para a Zona Portuária do Rio. Depois, voltou para a Zona Sul e retornou pelo mesmo caminho, agora em direção ao Centro da cidade. No Batalhão de Choque, o comboio refez a primeira parada da viatura, desde a saída da Rocinha.

O caminho prosseguiu até a Lagoa Rodrigo de Freitas e um rápido retorno ao Centro da cidade, onde a viatura passou pelo Hospital da PM, além do Morro de São Carlos. Em seguida, partiu de novo para a Zona Sul e parou no Batalhão do Leblon. Após circular por mais de duas horas, voltou para a Rocinha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Com a “casa cheia”, Câmara de vereadores de Ibicaraí aprova Projeto de Lei 12/2024

  Texto e fotos: Ascom Câmara de Vereadores de Ibicaraí Em uma sessão de “casa cheia”, com o plenário literalmente lotado e dezenas de pesso...