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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Indígena de RR formado no exterior volta ao estado pelo 'Mais Médicos'

Médico Otan de Lima Pereira, de 31 anos, vai trabalhar com os indígenas.

Profissional da saúde se formou na Venezuela há um ano.

Vanessa Lima
Do G1 RR
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Médico indígena Otan de Lima Pereira (Foto: Vanessa Lima/G1 RR)
Médico indígena Otan de Lima Pereira
(Foto: Vanessa Lima/G1 RR)
O indígena da etnia Macuxi, Otan de Lima Pereira, de 31 anos, é formado há um ano em medicina integral comunitária pela Universidade Bolivariana da Venezuela. Nascido na comunidade do Xumina, na reserva indígena Raposa Serra do Sol, município de Normandia, ele retorna ao estado de Roraima para colocar em prática o que o impulsionou a seguir na carreira: colaborar para a saúde indígena.
Ele é um dos 16 médicos com diploma do exterior que já desembarcaram em Roraima para atuar no programa 'Mais Médicos'.
Otan escolheu compor a equipe da atenção básica de saúde do Distrito Sanitário Especial Indígena Leste (DSEI-Leste), com atuação nas áreas indígenas localizadas nos municípios dePacaraima, Uiramutã, Boa VistaBonfimCantáAmajaríAlto Alegre, São Luiz do Anauá,São João da BalizaCaroebe e Normandia.
"Foi uma oportunidade que tive de voltar para casa e colaborar com a saúde do meu povo. Sempre tive esse sonho. Minhas expectativas são as melhores para esses anos de trabalho", destacou o médico indígena, que ressaltou ainda a alegria de retornar às suas origens para contribuir com as comuidades indígenas.

"Medicina sempre foi meu sonho. Quando surgiu a oportunidade de ir para a Venezuela não pensei duas vezes. Passei um ano no pré-médico e cursei seis anos de faculdade", detalhou Otan.Sobre a escolha por uma formação na Venezuela, ele informou que prestou vestibular quatro vezes para o curso de medicina da Universidade Federal de Roraima (UFRR), mas não obteve êxito.

O médico trabalhou durante dois anos com as comunidades indígenas venezuelanas e destacou estar preparado para colaborar no atendimento aos povos de Roraima. "Até onde sei sou o único brasileiro indígena intercambista a ir trabalhar nas áreas indígenas pelo programa. O restante são todos cubanos. Só tenho a dizer que estou feliz", completou.

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