Segundo a polícia, ela ainda não prestou depoimento sobre o caso.
Parlamentar de Ponta Grossa teria sumido para evitar votação na Câmara.
A vereadora de Ponta Grossa,
no interior do Paraná, Ana Maria de Hollebem (PT), conhecida como
Professora Ana, passou a noite na carceragem da 13ª Subdivisão da
Polícia Civil. Ela é suspeita de ter forjado o próprio sequestro, no dia
1º de janeiro. Pouco depois da posse, ela não compareceu à sessão que
definiria a Mesa Executiva da Câmara de Vereadores. Para a polícia, o
crime teve motivação política.
Ana está presa desde o dia 2, quando deu entrada em um hospital da
cidade, alegando estar se sentindo mal. Na tarde de quinta-feira (3),
ela teve alta e seguiu diretamente para a unidade policial. Ela deveria
ter sido ouvida pela polícia ainda durante a tarde, mas pediu para adiar
o depoimento por ainda não se sentir disposta.
“O estado clínico dela, fisicamente, é bom. Mas a gente percebe que ela
está ainda muito abalada psicologicamente, muito abatida. Em razão
desse estado fragilizado de saúde, ela se reservou a prestar
interrogatório em outro momento, quando estiver recuperada”, contou o
delegado Danilo Cesto, que comanda as investigações.
Além da vereadora, outras três pessoas estão presas, suspeitas de
participação no caso. Dentre eles, está um assessor de Ana, que, no dia
do sumiço da parlamentar chegou a chamar a polícia e dizer que ela havia
sido sequestrada. Todos serão indiciados por falsa comunicação de
crime, fraude processual e formação de quadrilha.
Votação adiada
Após adiarem por duas vezes a sessão que escolheria o novo presidente da Câmara de Vereadores, na quinta-feira, os colegas de Ana escolheram o nome do parlamentar Aliel Machado (PC do B) para comandar a Casa. Para a polícia, Ana teria forjado o próprio sequestro com o intuito de adiar a votação e dar margem à negociações para a escolha de quem assumiria o cargo na Câmara.
Após adiarem por duas vezes a sessão que escolheria o novo presidente da Câmara de Vereadores, na quinta-feira, os colegas de Ana escolheram o nome do parlamentar Aliel Machado (PC do B) para comandar a Casa. Para a polícia, Ana teria forjado o próprio sequestro com o intuito de adiar a votação e dar margem à negociações para a escolha de quem assumiria o cargo na Câmara.
Logo no primeiro discurso como presidente da Câmara, Machado defendeu
que os colegas investiguem o caso da vereadora presa. “Temos muito o que
descobrir e saber os motivos que levaram a vereadora a cometer um ato
que envergonhou a cidade de Ponta Grossa a nível nacional”, declarou.
Partido não se manifesta
O presidente estadual do Partido dos Trabalhadores, o deputado Ênio Verri, disse ao G1, na quinta, que a Executiva não vai se posicionar em relação ao caso. "A executiva estadual só se manifesta após o diretório municipal tomar alguma providência. Por enquanto, não temos nada a declarar sobre o caso", afirmou.
O presidente estadual do Partido dos Trabalhadores, o deputado Ênio Verri, disse ao G1, na quinta, que a Executiva não vai se posicionar em relação ao caso. "A executiva estadual só se manifesta após o diretório municipal tomar alguma providência. Por enquanto, não temos nada a declarar sobre o caso", afirmou.
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