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sábado, 5 de janeiro de 2013

Chávez ficará no cargo ainda que não possa assumir dia 10, diz Maduro



Vice-presidente considera que a posse seja uma 'formalidade'.
Para ele, Chávez poderá fazer o juramento após o dia 10, perante o TSJ.

Do G1, com agências internacionais*

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, continuará no poder ainda que não possa assumir o novo mandato para o qual foi reeleito, disse nesta sexta-feira (4) o vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. A posse de Chávez está prevista para a próxima quinta-feira, 10 de janeiro.

Maduro disse que a posse é uma "formalidade" e que será resolvida posteriormente no Supremo Tribunal.
"O período constitucional 2013-2019 começa em 10 de janeiro. No caso do presidente Chávez, que é um presidente reeleito, ele continua nas suas funções e a formalidade de seu juramento poderá ser resolvida perante o TSJ", disse Maduro, em entrevista ao canal oficial VTV, em alusão ao Supremo Tribunal de Justiça.
O vice-presidente fez estas declarações ao ser consultado sobre a hipótese de que o mandatário, hospitalizado desde 11 de dezembro em Cuba, não possa assumir na próxima quinta-feira o terceiro mandato de seis anos após ser reeleito, em 7 de outubro.
Chávez (centro) e os dois mais prováveis protagonistas imediatos de sua sucessão: Diosdado Cabello  (esquerda) e Nicolás Maduro (Foto: AP) 
Chávez (centro) e os dois mais prováveis protagonistas imediatos de sua sucessão: Diosdado Cabello (esquerda) e Nicolás Maduro (Foto: AP)
Nesta quinta (3), o governo venezuelano anunciou que o presidente passar por uma insuficiência respiratória, consequência de uma "severa infecção pulmonar".
Herdeiro político de Chávez, Maduro disse que o Supremo resolverá "o momento" do juramento "em coordenação" com o presidente.
Hugo Chávez, de 58 anos, 14 deles no poder, foi "reeleito por vontade da maioria nacional em um evento eleitoral absolutamente transparente e legítimo", acrescentou.
Desta forma, Maduro excluiu que a possível ausência do presidente perante a Assembleia Nacional na semana que vem leve a declarar sua ausência e a nomeação temporária do titular do Legislativo, como demanda a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD).
Maduro acusou, ainda, a oposição venezuelana de manipular as teses de "golpe rápido" e "golpe lento" às vésperas do 10 de janeiro.
O impasse político segue na Venezuela. A Assembleia Nacional da Venezuela  espera reeleger neste sábado (5) como seu presidente Diosdado Cabello, aliado estratégico de Hugo Chávez, o que o coloca como o encarregado de liderar o país se o governante não se recuperar de sua última cirurgia contra o câncer.
Isso porque a Constituição do país estabelece que o chefe do órgão legislativo deve tomar as rédeas da república e convocar eleições diante da incapacidade de um presidente eleito de assumir o cargo. Maduro defende que Chávez já é o presidente eleito e, portanto, não precisa ser legitimado com a posse no dia 10.

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