Diante da Fiel, Corinthians joga mal, sofre no segundo tempo, mas avança e agora espera Chelsea ou Monterrey na final de domingo, em Yokohama
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nome do jogoGuerreroCentroavante peruano cumpriu o papel de camisa 9 para o qual foi contratado. Na primeira chance que teve na semifinal, de cabeça, colocou o Timão na decisão.
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deu erradoMarcaçãoO Timão sofreu com algumas falhas defensivas e só não pagou caro pela má qualidade técnica do Al Ahly, que perdeu chances de gol dentro da área.
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torcidaInvasãoA Fiel foi grande maioria entre os mais de 31 mil torcedores presentes. Ela cantou muito e fez do Toyota Stadium uma filial do Pacaembu na semifinal.
Tite passou meses quebrando a cabeça para escolher o parceiro ideal de
ataque para Emerson no Mundial de Clubes. Foram inúmeros jogos e treinos
até concluir que o nome era Paolo Guerrero. Nesta quarta-feira, o
peruano comprovou que o treinador estava certo. Em um Pacaembu
improvisado no Toyota Stadium, o centroavante fez o gol da vitória por 1
a 0 sobre o Al Ahly, do Egito, e colocou o Corinthians na decisão de
domingo. Uma vitória muito mais sofrida do que se podia imaginar logo no
primeiro jogo da competição. E pensar que Guerrero chegou ao Japão como
dúvida: ele sofreu uma lesão no joelho direito na última rodada do
Brasileirão, dia 2, e corria risco de não jogar.
A atuação corintiana esteve longe de empolgar a torcida alvinegra,
esmagadora maioria entre os mais de 31 mil presentes ao estádio, como na
campanha do título da Libertadores. O que se viu foi uma equipe
nervosa, como há muito tempo não se via. O Timão cometeu erros em todos
os setores e, por muito pouco, não se complicou diante de um adversário
inferior tecnicamente.
Guerrero foi o toque de calma que o Alvinegro não teve. Bem marcado, o
grandalhão dono da camisa 9 apareceu poucas vezes, mas, na única chance,
escapou do bloqueio egípcio para aproveitar de cabeça um passe precioso
de Douglas e garantir a vaga.
O Corinthians espera agora pelo adversário na decisão. Chelsea, da
Inglaterra, e Monterrey, do México, se enfrentam nesta quinta-feira para
decidir quem avança. A decisão está marcada para domingo, às 8h30m (de
Brasília), em Yokohama.
Guerrero comemora gol que colocou o Corinthians na decisão do Mundial de Clubes (Foto: AFP)
Sem pressão, com Guerrero
O Corinthians fez no início da partida o contrário do que treinou no
Japão nos últimos dias. A marcação por pressão no ataque, arma mortal na
conquista da Libertadores, foi deixada de lado em troca de um ritmo bem
mais cauteloso nos primeiros minutos, postura que deixou apreensivo o
grande número de torcedores alvinegros no estádio.
O Al Ahly também foi diferente do que mostrou na suada classificação
contra o Sanfrecce Hiroshima, do Japão. A defesa, ponto fraco na
estreia, se fortaleceu com um esquema tático para proteger os zagueiros e
impedir jogadas de confronto direto com eles. Defender foi o máximo que
fizeram. Na frente, pouca qualidade técnica à espera de um vacilo
corintiano.
A dificuldade foi tanta que o Corinthians só conseguiu chutar a gol aos
nove minutos, com Douglas batendo rente à trave direita de Ekramy. O
armador e o volante Paulinho alternaram as posições em busca de espaços,
mas não foram produtivos. Isolados, Emerson, Guerrero e Danilo quase
não tiveram chance de superar a pesada e, em alguns momentos, violenta
marcação.
O Timão teve pequeno crescimento quando o técnico Tite passou Emerson
para o lado direito e Danilo para o esquerdo do ataque. A equipe
conseguiu prender a bola por mais tempo no campo ofensivo e,
consequentemente, acionar Guerrero mais vezes. Na única chance, o gol.
Da cabeça do peruano veio o desvio certeiro no canto direito do goleiro
após bola levantada por Douglas: 1 a 0, e Corinthians mais calmo até o
intervalo.
Sufoco egípcio
A esperança da Fiel em ver um time mais solto na etapa final ficou no
intervalo e encheu de sofrimento os minutos até a classificação. O
Corinthians voltou a campo cometendo os mesmos erros e, para piorar, viu
o adversário se arriscar mais vezes no ataque, sobretudo depois que o
ídolo Aboutrika entrou substituindo Said.
Com mais trabalho, a defesa do Corinthians mostrou falhas e permitiu
que os egípcios crescessem. O empate quase surgiu em dois vacilos do
setor. Primeiro, Rabia, por muito pouco, não acertou o ângulo esquerdo
de Cássio após vacilo de Chicão. Em seguida, Fathi invadiu a área, às
costas de Fábio Santos, mas finalizou pelo lado de fora da rede.
Tite buscou alternativas para melhorar o desempenho e tirar o
Corinthians da pressão. Romarinho e Jorge Henrique entraram nas vagas de
Emerson e Douglas, respectivamente, para ajudar na marcação e dar força
ao contra-ataque. Nada, porém, deu certo. Paulinho apareceu duas vezes
em condições de finalizar na área rival, mas demorou a chutar.
A angústia tomou conta da torcida nos últimos minutos. Os ponteiros se
arrastavam. Apesar dos cânticos de incentivo, o Corinthians não
conseguiu controlar o jogo. Desgastado, o Al Ahly perdeu parte do ímpeto
de sufocar para alívio do Timão. Vitória sofrida de quem precisará
melhorar para ser campeão.
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