Com 105 kg, Helder teve deslocamento da patela e teria que operar.
Porém, meses depois, ele emagreceu e não precisou mais da cirurgia.
Helder em dezembro de 2011 na primeira imagem
e, com 31 kg a menos na segunda, em novembro
de 2012 (Foto: Arquivo pessoal)
e, com 31 kg a menos na segunda, em novembro
de 2012 (Foto: Arquivo pessoal)
Aos 23 anos, com 105 kg, o estudante Helder Freitas de Oliveira
deslocou a patela do joelho esquerdo ao subir um degrau. No hospital, o
médico imobilizou o joelho, receitou um remédio e disse que o problema
não voltaria a acontecer.
Porém, um mês depois, Helder deslocou a patela novamente e, dessa vez,
foi muito mais grave. “Fiquei com a perna inchada, sem poder pisar no
chão por mais ou menos um mês”, lembra o jovem, de Delmiro Gouveia (AL).
Em março, quando começou o tratamento, o médico indicou a cirurgia.
“Ele disse que eu teria que me conscientizar que, além do problema no
joelho, eu tinha outro: o excesso de peso”, conta Helder. Assustado com a
possibilidade de ter que operar, o estudante decidiu mudar os hábitos
de vida e emagrecer. Em setembro, ele já tinha perdido 25 kg e a
necessidade da cirurgia foi suspensa.
“Comecei a caminhar na rua e mudei minha alimentação”, relata o
alagoano. Atualmente, com 74 kg, 31 kg a menos do que quando começou o
tratamento, ele teve grande melhora na saúde e também na qualidade de
vida.
O susto fez o estudante mudar os hábitos de vida e emagrecer 31 kg (Foto: Arquivo pessoal)
Segundo o fisioterapeuta David Costa, o deslocamento da patela pode
acontecer não só pelo excesso de peso, mas também por causa da falta de
força e da genética óssea da pessoa. Ao emagrecer, Helder diminuiu a
carga em cima do joelho, o que pode ter contribuído para a suspensão da
cirurgia.
“Se o paciente não tiver condições musculares e não fortalecer o corpo,
pode deslocar a patela de novo, como aconteceu com o Helder”, afirma o
fisioterapeuta. E foi o que o estudante fez: reforçou a musculatura com
sessões de fisioterapia e exercícios físicos, tornando-se mais
resistente e reduzindo o risco de novos acidentes.
“Antes eu fazia só caminhadas e exercícios mais leves porque tinha
receio por causa do joelho. Hoje eu já consigo correr e agora vou entrar
na academia para fortalecer as pernas”, conta Helder. O jovem, que
antes se cansava ao realizar qualquer atividade, ficou mais disposto e
também muito mais vaidoso. “Eu saio bastante e hoje encontro roupas com
mais facilidade. Passei do tamanho XG e GG para o P e PP”, conta
satisfeito.
Na alimentação, ele cortou refrigerante e massas e começou a comer
alimentos saudáveis, mais vezes ao dia. “Meu maior problema era comer
fora de casa. Sempre gostei de lasanha e pizza e não como nada disso
desde março”, jura o alagoano. Agora, se tem que fazer uma refeição na
rua, ele procura um restaurante que tenha salada e alimentos que
geralmente ele come em casa, para não sair da dieta.
Atualmente, com 31 kg a menos e o tratamento do joelho encerrado,
Helder se mostra feliz com o resultado de meses de luta. “O médico disse
para eu voltar ao hospital caso sinta alguma coisa no futuro, mas isso
só vai acontecer se eu voltar a engordar, o que não vai acontecer porque
ainda quero perder mais 6 kg”, diz.
Para ele, a principal dica para mudar o estilo de vida é ter paciência.
“O resultado não vem rápido e, se vier, significa que a pessoa não está
fazendo da forma correta”, avalia o estudante. “Tem que ter
consciência, estabelecer um objetivo e correr atrás, sempre com
paciência”, conclui.
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