Medida será necessária por conta da recusa de SP, MG e PR.
Segundo presidente, a proposta não foi feita com 'chapéu alheio'.
A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira (6) que o governo
vai usar recursos do tesouro para ampliar o barateamento da conta de luz
a partir do ano que vem. A medida será necessária por conta da recusa
dos governos de São Paulo, Minas Gerais e Paraná de aceitar as condições
para participar do plano de diminuição dos custos da energia lançado
pelo governo federal.
Dilma discursou durante cerimônia, no Palácio do Planalto, de anúncio
de investimentos no setor portuário. Dilma não citou diretamente os
governos estaduais que se recusaram a aderir ao plano, mas afirmou que
há “não-colaboradores” na intenção do governo de reduzir a tarifa de
energia elétrica.
Preço da energia - 4/12 (Foto: Editoria de Arte/G1)
“Tivemos não-colaboradores nessa missão [de reduzir a conta de luz] e
quando você tem não-colaboradores, eles deixam no seu rastro uma falta
de recursos. Essa falta de recursos vai ser bancada pelo Tesouro do
governo federal. Agora, a responsabilidade por não ter feito isso é de
quem decidiu não fazer. Não tem como tergiversar”, disse a presidente.
Nesta terça (4), o secretário-executivo do Ministério de Minas e
Energia, Márcio Zimmermann, informou que a redução da tarifa da conta de
luz deve ficar em 16,7% em vez dos 20,2% em média prometidos por Dilma
no último dia 7 de setembro. Ele disse que a redução menor que a
pretendida se deve à recusa das empresas Cesp (São Paulo), Cemig (Minas
Gerais) e Copel (Paraná) de aceitar as condições para participar do
plano de diminuição dos custos da energia lançado pelo governo federal.
A presidente ficou exaltada ao afirmar que o governo não está “fazendo graça com chapéu alheio” ao propor redução das tarifas.
“Essa proposta não foi feita com chapéu alheio. Esse chapéu que estamos
usando é de todos os brasileiros. É deles a energia. Eles pagaram por
isso. Não estamos tirando de ninguém. É um equívoco.
Estamos é devolvendo”, disse, sendo bastante aplaudida em seguida.
Estamos é devolvendo”, disse, sendo bastante aplaudida em seguida.
Dilma mandou ainda um recado: “Quem não foi capaz de perceber que o
Brasil tem hora pra tudo, tem hora pra gente não prorrogar e tem hora
pra gente prorrogar. A hora de prorrogar passou agora é hora de
devolver”.
O potencial hidrelétrico do Brasil, de acordo com a presidente, deveria
fazer com que o Brasil tivesse uma das energias elétricas mais baratas
do mundo. “Temos de ter energia elétrica uma das mais baratas do mundo.
Mas a boa notícia é que podemos ter. Podemos caminhar para isso. E o
governo deu um passo. Não pensem que é o maior passo. Ainda tem muita
energia hidrelétrica que vai vencer no futuro”, afirmou.
“A nossa energia é fundamentalmente hídrica, hidrelétrica. Esse
patrimônio permite que a gente amortize a energia elétrica, as
hidrelétricas antes de elas terem seus prazos de vencimento atingido.
Até porque ninguém sabe hoje qual é o prazo de vencimento de uma
hidrelétrica. São todas com vocação de velhas senhoras, centenárias”,
declarou a presidente arrancando risos da plateia.
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