É a primeira condenação definitiva do ex-premiê em uma série de casos.
Teme-se que decisão provoque crise na frágil coalizão que governa país.
Tribunal de Cassação da Itália confirmou sentença de prisão de Berlusconi nesta quinta (1º) (Foto: Alessandro Di Meo/Reuters)
O Tribunal de Cassação da Itália confirmou a sentença de prisão do ex-premiê italiano Silvio Berlusconi por fraude fiscal.
Os cinco juízes da suprema corte italiana rejeitaram a apelação do magnata no chamado caso Mediaset.
A pena de quatro anos, reduzidos para um ano por conta de uma anistia, havia sido imposta por um tribunal inferior.
Essa é a primeira condenação definitiva de Berlusconi em pelo menos duas dezenas de julgamentos por acusações que vão de fraude fiscal a sexo com uma prostituta menor de idade.
Ele sempre acabava sendo favorecido pela prescrição.
Apesar da condenação, ele não deve ir preso por conta de sua idade avançada, 76 anos.
O tribunal de cassação também ordenou uma revisão judicial da decisão de banir Berlusconi durante cinco anos da vida pública, imposta no mesmo julgamento.
Temor de crise
Políticos da Itália estão em xeque diante de um veredicto que pode causar uma crise na instável coalizão entre esquerda e direita do governo de Enrico Letta e repercutir em toda a zona do euro. Há o temor de que Berlusconi retire o apoio ao governo, apesar de ele ter prometido que não faria isso.
Berlusconi, um bilionário magnata da mídia que foi por quatro vezes primeiro-ministro italiano, diz ser implacavelmente perseguido por juízes esquerdistas que tentam "subverter a democracia" desde que ele entrou para a política em 1994.
O presidente da Itália, Giorgio Napolitana, pediu que o país "mantenha a calma".
"O país precisa redescobrir a serenidade e a coesão sobre questões institucionais muito importantes, que por muito tempo o dividiram e impediram a realização de reformas", disse em comunicado.
Ele afirmou que, até agora, houve um clima mais "respeitoso e calmo" que o existente nos julgamentos anteriores envolvendo Berlusconi e acrescentou: "Acho que isso é positivo para todos".
A pena de quatro anos, reduzidos para um ano por conta de uma anistia, havia sido imposta por um tribunal inferior.
Essa é a primeira condenação definitiva de Berlusconi em pelo menos duas dezenas de julgamentos por acusações que vão de fraude fiscal a sexo com uma prostituta menor de idade.
Ele sempre acabava sendo favorecido pela prescrição.
O tribunal de cassação também ordenou uma revisão judicial da decisão de banir Berlusconi durante cinco anos da vida pública, imposta no mesmo julgamento.
Temor de crise
Políticos da Itália estão em xeque diante de um veredicto que pode causar uma crise na instável coalizão entre esquerda e direita do governo de Enrico Letta e repercutir em toda a zona do euro. Há o temor de que Berlusconi retire o apoio ao governo, apesar de ele ter prometido que não faria isso.
Berlusconi, um bilionário magnata da mídia que foi por quatro vezes primeiro-ministro italiano, diz ser implacavelmente perseguido por juízes esquerdistas que tentam "subverter a democracia" desde que ele entrou para a política em 1994.
O presidente da Itália, Giorgio Napolitana, pediu que o país "mantenha a calma".
"O país precisa redescobrir a serenidade e a coesão sobre questões institucionais muito importantes, que por muito tempo o dividiram e impediram a realização de reformas", disse em comunicado.
Ele afirmou que, até agora, houve um clima mais "respeitoso e calmo" que o existente nos julgamentos anteriores envolvendo Berlusconi e acrescentou: "Acho que isso é positivo para todos".
Berlusconi em 29 de março (Foto: Tiziana Fabi/AFP)
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