Jovem de 24 anos foi barrada pela Qatar Airways em Cumbica.
Ela vai pedir indenização na Justiça contra companhia aérea.
Thaís Buratto, de 24 anos, é barrada em voo
internacional em SP (Foto: Arquivo pessoal)
internacional em SP (Foto: Arquivo pessoal)
Uma brasileira foi barrada durante a realização do check-in no Aeroporto de Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo,
e impedida de viajar em um voo da Qatar Airways para Bali, Indonésia,
com escala em Doha, na madrugada deste domingo (25). A jovem Thaís
Buratto da Silva, de 24 anos, recém-formada em gestão ambiental pela
Universidade de São Paulo (USP), foi barrada após o pai fazer uma
brincadeira com ela.
“Eu fiz um infeliz comentário, uma brincadeira de mau gosto, e falei
que ainda bem que não tinham descoberto que ela era uma terrorista”,
relata o economista Renato Camargo da Silva, de 55 anos.
Procurada pelo G1, a companhia Qatar Airways disse que
os funcionários seguiram a recomendação da empresa. "A segurança de
nossos passageiros e tripulação é prioridade número um na Qatar Airways.
Ontem, por razões de segurança uma passageira teve embarque não
autorizado. Nossos funcionários seguiram nossa política de segurança na
qual a tolerância é zero”, disse a companhia aérea, em nota.
O comentário do pai de Thaís ocorreu logo após a jovem responder a um
formulário negando que estava transportando algum objeto cortante ou
perigoso em sua mala. O economista conta que ele e sua filha foram
tirados da fila, o passaporte dela foi retido por cerca de dez minutos e
fotografado. “Uma supervisora disse que ela não iria embarcar nunca
mais pela empresa, pois um de nós dois havia dito a palavra bomba”,
conta.
Thaís afirma que diante da resistência dos funcionários da Qatar
Airways propôs que sua bagagem fosse revistada na presença da Polícia
Federal, mas seu pedido foi negado. “Eles foram muito intransigentes, me
afastaram dela e não deixaram eu me aproximar da minha filha”, disse o
pai.
As passagens aéreas, que custaram R$ 6.030, foram pagas pela USP. A
jovem pagou US$ 250 para participar do Congresso. Ela irá acionar a
Justiça para pedir indenização à companhia aérea por danos morais. “Eu
me senti prejudicada. Acho que eles têm o direito de duvidar de quem
quiser, mas me impediram de embarcar sem nenhuma prova”, lamenta.
Thaís, que se sentiu frustrada com o ocorrido, nega ter ficado chateada
com o comentário do pai, que impossibilitou sua viagem. “Meu pai é
super brincalhão, é normal ele fazer essas coisas”, afirmou.
Thaís iria participar de um congresso no Qatar, onde iria apresentar
seu trabalho de conclusão de curso com um dos professores que participou
do projeto sobre o custo-benefício da implementação de novas
hidrelétricas no Rio Tapajós, que nasce no Mato Grosso e deságua no Rio
Amazonas, no Pará.
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