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sábado, 7 de abril de 2012

Advogados de Cachoeira estudam novo pedido de liberdade


Bicheiro está preso desde 29 de fevereiro e foi transferido para o RN.
Carlinhos Cachoeira é suspeito de chefiar quadrilha de jogo ilegal.
Débora Santos Do G1, em Brasília
 
A defesa de Carlinhos Cachoeira estuda entrar com habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) na próxima semana para pedir a liberdade do bicheiro, preso no dia 29 de fevereiro, durante a Operação Montecarlo da Polícia Federal. Ele é suspeito de chefiar quadrilha de jogo ilegal no estado de Goiás.

No final de março, Cachoeira já teve um pedido de liberdade negado pela Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. A defesa alegou que o bicheiro não tem antecedentes criminais.

Para entrar com novo habeas corpus, os advogados aguardam a decisão da 11ª Vara Criminal da Justiça Federal de Goiás sobre o pedido de remoção de Cachoeira do presídio federal de segurança máxima de Mossoró (RN). Preso em Goiânia, ele foi transferido para o presídio federal por razões de segurança. A definição sobre a transferência deve sair no início da semana que vem.

A intenção é que Cachoeira seja transferido para uma penitenciária estadual em Goiás que tem regras menos rigorosas de segurança e onde ele poderá ficar mais próximo da família e dos advogados.

Segundo uma das advogadas responsáveis caso, Dora Cavalcanti, a defesa terá acesso a degravações de mais escutas telefônicas de conversas de Cachoeira, feitas com autorização judicial. Essas interceptações se referem, segundo ela, a diálogos ocorridos entre o final de 2011 e o início deste ano, antes da deflagração da operação da PF, no final de fevereiro.

O relator do primeiro pedido de liberdade feito ao TRF1, desembargador Tourinho Neto, foi contra soltar o bicheiro. Os outros dois integrantes da turma acompanharam o entendimento. De acordo com Tourinho Neto, era necessário manter Cachoeira preso para "garantir a ordem pública".

Em seu voto, o desembargador afirmou haver indícios de "grande extensão" de atuação criminosa e citou como agravantes a participação de ocupantes de "cargos públicos de alto escalão" e a repetição de crimes, como corrupção ativa e evasão de divisas.

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