Por Evilásio Júnior
A polêmica Lei Antibaixaria, sancionada nesta quarta-feira (11) pelo governador Jaques Wagner,
não ameaçará os shows do cantor e compositor Chico Buarque em Salvador.
Ele se apresentará entre 9 e 12 de maio no Teatro Castro Alves (TCA),
espaço administrado pelo Estado que, com o vigor da norma, está impedido
de contratar artistas que tenham músicas consideradas depreciativas às
mulheres, sob pena de aplicação de multa de 50% sobre o valor do cachê. A
autora do projeto, aprovado no último dia 27 de março na Assembleia
Legislativa, a deputada Luiza Maia (PT), chegou a afirmar ao Bahia
Notícias que, se fosse preciso, “compraria briga” com Chico, autor de “Geni e o Zepelim” – canção feita para o álbum “A Ópera do Malandro”, de 1979 –, para fazer valer a proibição.
Embora a composição seja integrante do repertório a ser exibido no TCA,
de acordo com o assessor de comunicação Mário Canivello, no caso
específico, a petista empenhou energia à toa. “Chico não aceita nenhum
tipo de isenção fiscal e muito menos verbas públicas, de Estado,
prefeitura, o que for, para realizar seus shows. É uma das coisas
exigidas em contrato. Com certeza, essa deputada não tem conhecimento da
Ópera do Malandro, e não sabe que ela representa diversos personagens
do cotidiano brasileiro. Inclusive, Geni nem mulher é”, disparou, em
entrevista ao BN. No contrato firmado com a Secretaria Estadual de
Cultura (Secult), administradora do TCA, há apenas a previsão de aluguel
do espaço. O setor de imprensa da pasta esclareceu que a produção do
show terá que desembolsar R$ 6 mil por concerto ou 10% da arrecadação da
bilheteria, o que for maior. O ingresso é cobrado em três faixas de
preço: R$ 260 para as filas Z9 a Z11; R$ 290 (Z a Z8) e R$ 320 (A a Y).
Maiores de 60 anos e estudantes devidamente documentados têm direito à
meia-entrada.
Fo nte: Bahia Notícias
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