‘A Batalha do Passinho - O Filme’ estreia dia 11 de outubro nos cinemas.
Confira entrevista com o diretor do documentário, Emílio Domingos.
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O estilo já era popular nas comunidades do Rio, aos poucos virou febre entre os jovens cariocas, ganhou as redes sociais e, pelas mãos do diretor Emílio Domingos, foi parar nas telas dos cinemas. Com estreia prevista para o dia 11 de outubro, “A Batalha do Passinho – O Filme” vai mostrar a expansão da cultura funk na cidade e a realidade dos meninos que participam da competição.
(Confira no vídeo ao lado a entrevista com o diretor Emílio Domingos e os dançarinos Cebolinha e Yuri Mister Passista).
Segundo Domingos, o documentário, protagonizado por crianças e jovens, - a maioria de comunidades -, começou a ser filmado em setembro de 2011 e chegou a ser exibido em festivais no Brasil e também no exterior. “Minha ideia inicial era fazer um curta-metragem mostrando as quatro etapas da primeira batalha do passinho, mas eu percebi que este universo era muito mais amplo do que eu podia imaginar e resolvi ir além", declarou o pesquisador, que promete ainda muita emoção com as histórias de vida dos jovens.
"Todos têm histórias fantásticas e bem humanas. Eles mostram criatividade, talento, dedicação e a sofisticação da arte que é o passinho. Eu acompanhei de perto cada história, cada detalhe, cada conquista, batalha e derrota. Tenho certeza que o público irá se identificar”, disse.
Domingos contou ainda que já havia tido uma experiência com o universo dos funkeiros antes do passinho. "Eu dirigi com Marcus Faustini o 'Cante um funk para um filme' e fiz a pesquisa do 'Sou feia, mas tô na moda'. Em cada um foi um desafio diferente, mas esse [A Batalha do Passinho - O Filme], é sem sombra de dúvida, o maior dele", concluiu.
Passinho 'profissa'
Apesar de ser uma maneira de se divertir para uns, o estilo de dança é coisa séria para outros. Jefferson Chaves, conhecido como Cebolinha e Yuri Luiz, apelidado de Yuri Mister Passista, foram os pioneiros do passinho. De acordo com a dupla, até hoje, eles colhem o fruto do sucesso meteórico da arte.
"O passinho é a minha arte, a minha profissão. Dou aulas e faço até alguns shows. A dança já me levou até para fora do país. Participar do filme contando um pouco sobre a nossa história, a nossa luta, é muito gratificante", disse Cebolinha, que acrescentou ainda que espera que o passinho seja eternizado. "Quero que passem cem anos e ainda lembrem do nosso trabalho. Com o filme, a nossa arte ficará eternizada nas imagens e também na memória das pessoas".
Homenagem ao Gambá
"Ele era meu amigo, parceiro e merece todas as homenagens do mundo. Minha filha se chama Nicole Gualter por causa dele. Esse cara vai morar para sempre em nossos corações e fazer parte da nossa eterna história", declarou Cebolinha.Um dos personagens principais do documentário, Gualter Rocha, o Gambá - criador de um estilo único da dança e conhecido como "Rei dos Passinhos" -, será homenageado no filme. Gambá tinha 22 anos e foi assassinado no réveillon de 2012.
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