A
Confederação Nacional dos Municípios (CNM), em parceria com a Associação dos
Municípios do Sul, Extremo Sul e Sudoeste da Bahia (Amurc) apresentou nesta terça-feira
(8), em Itabuna, os dados levantados pelo Projeto Experiência sobre os custos
reais dos programas federais nas áreas de Saúde, Educação e Assistência Social.
No resultado, que envolveu municípios da Bahia, Sergipe, São Paulo, Santa
Catarina e Goiás, os gastos mantidos pela Administração Pública Municipal
chegam a 100 %.
De
acordo com dados da CNM, o estudo foi realizado durante três meses, em
municípios de diferentes Estados da Federação e apontou que as despesas dos Programas
de Saúde, a exemplo do Programa de Saúde Bucal (PSB) e Programa de Saúde da
Família (PSF) com defasagens de 66% e 76%, respectivamente, são considerados
2,6 vezes maiores que as receitas federais/estaduais, sendo que 54 dos 63
programas de saúde (83,1%) não se sustentam com os repasses federais e
estaduais somados.
A
técnica da CNM, Thaíze Souza revelou que os programas custam, em média, mais
que o dobro do que a União repassa. E, nesse contexto, os maiores dispêndios
com relação aos programas federais refletem nas dificuldades com a Folha de Pagamento,
considerada pelos gestores municipais a maior dificuldade enfrentada durante a
gestão por conta do limite (54%) estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal
(LRF).
De
acordo com o Assessor Jurídico da Secretaria de Saúde do município de Itapé,
Otaviano Barbosa, os dados expostos pela entidade municipalista refletem a
realidade vivida pelos municípios da região e uma das grandes demandas da
localidade que representa é de atendimento médico, medicamentos “e,
principalmente, de transporte para encaminhar os pacientes até cidade de
Itabuna, onde possui maior infraestrutura para a prestação de serviços na área
de saúde”, explicou.
No
que diz respeito à Educação, a pesquisa revela que o custo médio diário da Merenda
Escolar na Creche, que não é de responsabilidade do município, é de R$ 2,88,
enquanto o repasse médio diário é de apenas R$ 1,00. Somado aos gastos com o
transporte escolar, que também não é de competência municipal, o gestor é
levado a arcar 100 % das despesas. Para o presidente da Amurc, Lenildo Santana,
“é uma necessidade urgente, a revisão do Pacto Federativo e do custeio dos
programas federais para sanar as despesas nos municípios”.
Fonte ASCOM/ AMURC
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