Por que o romance erótico "Cinquenta tons de cinza" virou fenômeno mundial de vendas? Resposta: ele foi escrito sob medida para as fantasias de submissão das mulheres modernas e autossuficientes
Meu marido nunca leu uma linha escrita pela autora britânica Erika
Leonard James. Mas, desde a semana passada, quando mergulhei na leitura
de sua primeira obra, ele virou fã dela. Isso porque, apesar de os
termômetros de São Paulo denunciarem o auge do inverno, dei férias a meu
pijama de flanela. Enquanto avançava nos capítulos do livro, meu marido
me via tirar do armário uma ou outra camisola rendada. Mesmo
recém-casada, aos 25 anos, e editora do blog de sexo de ÉPOCA, o Sexpedia,
não estou imune às armadilhas que a rotina pode impor a um longo
relacionamento – nem ao estímulo que os livros de E.L. James podem
produzir na vida dos casais. Sua trilogia vendeu 31 milhões de cópias
apenas em língua inglesa. Agora, se converteu em best-seller lá em casa.
A ficção adulta que movimentou minha vida doméstica, Cinquenta tons de cinza
(um trocadilho com o sobrenome de um dos protagonistas, Grey, que
significa cinza em inglês), é um fenômeno editorial comparável a
sucessos como Harry Potter ou O código Da Vinci. A
obra já foi traduzida para 37 idiomas, foi motivo de leilões
disputadíssimos e chegará no dia 1º de agosto ao Brasil. O primeiro
volume da trilogia será lançado pela Editora Intrínseca com tiragem
inicial de 200 mil exemplares, uma das maiores para a estreia de um
autor no país. Nos Estados Unidos, atores de Hollywood digladiam pelo
papel dos protagonistas Anastasia Steele, uma universitária desajeitada e
virgem de 21 anos, e Christian Grey, bilionário misterioso cinco anos
mais velho por quem ela se apaixona.
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