Oito assaltantes fizeram reféns e roubaram duas agências em Comodoro.
Quadrilha fugiu com reféns, queimou caminhonete e segue foragida.
Quadrilha obrigou refém a subir em capô de caminhonete durante fuga (Foto: Reprodução/TVCA)
Novas imagens feitas por moradores de Comodoro, a 677 quilômetros de
Cuiabá, dão a dimensão do pânico causado à cidade durante o assalto a
duas agências bancárias nesta terça-feira (30). Clientes e funcionários
foram transformados em barreira de proteção para os criminosos. Contra a
vontade, eles eram os ‘olheiros’ da quadrilha. Na fuga, dois reféns
foram obrigados a serem transportados no capô das caminhonetes usadas
pelo grupo.Na barreira humana também estavam um mecânico e mais uma mulher. Tiros de fuzil eram disparados bem próximos da cabeça dele. “Ela (mulher) era o escudo do homem. O homem arrumou a luneta da arma na cabeça dela para atirar”, informou o engenheiro eletricista Alexandre Jesus Souza.
Trinta minutos depois, quatro assaltantes que roubavam outra agência bancária chegaram com mais reféns. A maioria era de homens, clientes do banco, que foram obrigados a ficar sem camisa. Eles desceram da caminhonete sob as ordens dos bandidos. “Nós estávamos em umas 30 pessoas. Eles atiravam muito. O revólver deles ficava próximo da nossa cabeça. Esse foi o pior momento”, ressaltou Souza.
O consultório de um dentista fica em frente a uma das agências atacadas pela quadrilha. Ele foi obrigado a interromper o atendimento porque três disparos foram feitos em direção ao consultório. “Eu pedi para a paciente sair da cadeira e deitar no chão porque os projéteis estavam vindo de todo lado, de toda a direção. Eles estavam com alto poder de fogo”, afirmou o dentista.
O assalto
Grupo invadiu 2 agências ao mesmo tempo, fez
reféns e fugiu. (Foto: Jornal O Diário)
Segundo informações da polícia e dos moradores, pelo menos oito
assaltantes participaram da ação criminosa. Eles se dividiram para
assaltar as duas agências. Um grupo foi até uma agência, rendeu
funcionários e clientes, enquanto outros ladrões foram até o outro banco
localizado a cerca de 200 metros de distância.reféns e fugiu. (Foto: Jornal O Diário)
Durante a ação, pessoas foram feitas reféns e usadas como 'escudo humano' em frente aos locais para dar proteção à quadrilha. Eles fugiram em outros dois veículos e ainda ninguém foi preso pela polícia.
Senadora no tiroteioEm quatro anos, esta é a segunda vez que a cidade é alvo dos bandidos do Novo Cangaço. Em 2008, a então senadora Serys Slhessarenko, que participava de uma campanha eleitoral na cidade, ficou no meio do tiroteio entre os criminosos e a polícia durante o assalto à agência bancária. Ela não se feriu e os criminosos conseguiram levar dinheiro da agência.
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