Se candidaturas com zero voto forem deferidas, eleitos serão outros.
Em Bom Jesus de Goiás, todos os candidatos esperam decisão da Justiça.
O resultado definitivo das eleições municipais ainda pode mudar em 58
cidades após o julgamento dos recursos pendentes de candidatos, segundo
levantamento do G1 com dados fornecidos pelo Tribunal
Superior Eleitoral (TSE). Um desses municípios não tem nem sequer
prefeito provisório: em Bom Jesus de Goiás (GO), todos os candidatos à
prefeitura esperam uma posição da Justiça Eleitoral sobre seus registros
de candidatura.
Nas outras cidades, o vencedor teve o registro de candidatura
indeferido (negado) pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), mas o TSE
ainda avalia recurso. Assim, esses candidatos concorreram normalmente,
mas na condição “sub judice”, pendentes, e seus votos apareceram zerados
na apuração final.
No primeiro turno, eram 122 cidades sem uma decisão definitiva sobre o eleito. Passado o segundo turno das eleições, o TSE não finalizou o julgamento dos recursos de todos os candidatos.
Nesta quarta-feira (31), o tribunal informou que a quantidade de
recursos que chegaram à Corte aumentou após o segundo turno, para um
total de 7.942 recursos, dos quais 5.123 foram analisados.
Segundo o TSE, ficaram pendentes após o 1º turno da eleição um total
6.916 pedidos de reconsideração, sendo 2.243 deles de candidatos a
prefeito e a vereador barrados pela Lei da Ficha Limpa.
Apenas o candidato com registro deferido pode assumir a prefeitura.
Segundo o levantamento do G1, ao todo 1.363.830 votos
foram obtidos pelos candidatos indeferidos com recursos. O TSE não
divulgou quais desses candidatos foram enquadrados na Lei da Ficha
Limpa.
Um dos casos julgados foi o do registro de Celso Giglio (PSDB) para a
Prefeitura de Osasco. O TSE negou o recurso, e o engenheiro Jorge Lapas
(PT) ficou com 60,03% dos votos válidos no 1º turno. O Tribunal Regional
Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) decidiu não fazer 2º turno e decretou o petista eleito.
Cidades sem eleitos
Por causa do não julgamento dos recursos antes da eleição, o primeiro turno terminou com quatro cidades sem nenhum prefeito eleito – Bom Jesus de Goiás (GO), Cedro (PE), Cedro (CE) e Monte Alegre (RN). Isso porque todos os candidatos tiveram seus registros indeferidos com recurso.
Por causa do não julgamento dos recursos antes da eleição, o primeiro turno terminou com quatro cidades sem nenhum prefeito eleito – Bom Jesus de Goiás (GO), Cedro (PE), Cedro (CE) e Monte Alegre (RN). Isso porque todos os candidatos tiveram seus registros indeferidos com recurso.
Depois do segundo turno, Bom Jesus de Goiás permanece sem prefeito
definido e pode ter nova eleição, caso nenhum dos dois candidatos seja
deferido. Em Cedro (CE), João Viana (PP) obteve o registro, mas o
processo do adversário Dr. Nilson (PSB), que obteve mais votos, não foi
julgado.
Nas outras duas cidades, a Justiça Eleitoral já definiu o prefeito. Em
Cedro (PE), Milton Leite (PV) renunciou, e Neguinho de Zé Arlindo (PSB)
está eleito. Em Monte Alegre (RN), Severino da Irmã Dulce (PMDB) obteve o
registro e, como teve mais votos que a adversária, Graça (PSD), está
eleito. O recurso dela ainda está pendente, mas não altera o resultado.
Casos julgados
Em Guarapari, no Espírito Santo, o registro de candidatura do atual prefeito, Edson Figueiredo Magalhães (PPS), foi negado. Isso porque, apesar de ter obtido 39.027 votos nas urnas, Magalhães já foi vice-prefeito em 2006. O TSE entendeu que este seria seu 3º mandato, e a cidade pode ter novas eleições. A decisão final será do juiz eleitoral do TRE-ES.
Em Guarapari, no Espírito Santo, o registro de candidatura do atual prefeito, Edson Figueiredo Magalhães (PPS), foi negado. Isso porque, apesar de ter obtido 39.027 votos nas urnas, Magalhães já foi vice-prefeito em 2006. O TSE entendeu que este seria seu 3º mandato, e a cidade pode ter novas eleições. A decisão final será do juiz eleitoral do TRE-ES.
Em Mar de Espanha (MG), a decisão da Justiça Eleitoral alterou o
resultado do primeiro turno. Joaquim José de Souza (PMDB) chegou a ser
declarado como eleito, mas o atual prefeito, Wellington Marcos Rodrigues
(PSDB), que obteve mais votos, conseguiu o registro e agora deve
assumir a prefeitura da cidade.
No Ceará, a Prefeitura de Boa Viagem também terá novo prefeito.
Fernando Antonio Vieira Assef (PSD) concorreu barrado pela Lei da Ficha
Limpa e teve os votos zerados, mas o TSE entendeu que a lei não se
aplica ao caso. Aline Cavalcante Vieira (PR), que teve menos votos,
chegou a ser considerada eleita.
Outras cidades também tiveram candidatos indeferidos que ainda aguardam
julgamento, mas eles não foram incluídos no levantamento porque, mesmo
que sejam deferidos, não haverá alteração no resultado da eleição local.
Os demais processos pendentes no TSE são de candidatos a vereador que,
se conseguirem uma decisão positiva, também podem influenciar nas
eleições. Isso porque, no sistema proporcional, contam os votos de cada
coligação para a divisão das vagas nas câmaras municipais, que também
poderão ter suas composições alteradas ao final dos julgamentos da
Corte.
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