Nova geração evolui, mas acabamento interno poderia ser melhor.
Bem equipada, versão intermediária 1.5 tem melhor custo-benefício.
Nova geração do C3 mantém linhas arredondadas, mas moderniza o visual (Foto: Divulgação)
A Citroën levou 3 anos para lançar a segunda geração do C3 no país: ela
chega agora e, na opinião da montadora, esse atraso é justificado com
uma “cara brasileira” e uma versão melhorada em relação ao hatch
europeu. O presidente do grupo PSA Peugeot Citroën para Brasil e América
Latina, Carlos Gomes, diz que não se trata de andar na contramão da
tendência de modelos globais (desenvolvidos em um país e que servem para
vários). “Pode ser que a Citroën no Brasil esteja lançamento elementos
que vão compor nova geração na Europa”, diz.Com um bom pacote de série, o C3 intermediário já conta com o tal para-brisa panorâmico, “a la” o que existe no C4 Picasso, mas, segundo a Citroën, desenvolvido especialmente para o compacto. Ele aumenta o ângulo de visão em 80 graus –para isso, basta puxar para trás uma aba sobre o retrovisor. É um atrativo até para o motorista, entre uma parada e outra no trânsito, poder descansar por alguns instantes os olhos no céu – no caso, o de Brasília, onde a montadora francesa promoveu o lançamento.
Mesmo quando já se passava do meio-dia, a pintura especial que não deixa o vidro repassar todo o calor e claridade para os ocupantes cumpria bem o seu papel. Às 15h, com o sol incidindo mais sobre o motorista, e um calor de 35 graus fora do carro, foi melhor fechar o telhado de vidro.
Acima,
da esq. para dir., para-brisa panorâmico presente no hatch; nos
detalhes, o teto mais fechado, o mecanismo de abertura e, do mesmo
ângulo, o para-brisa mais aberto (Foto: Divulgação/G1)
A jornada do novo C3 por Brasília foi tranquila –até demais. O G1
experimentou as versões Tendance e Exclusive (R$ 49.990), ambas com
transmissão manual (a topo de linha possui a opção de câmbio automático,
por R$ 53.990) durante cerca de 25 km cada uma, nas ruas planas da
capital brasileira. Cheias de radares, as vias não permitiram passar dos
80 km/h.Má fama no pós-vendaO percurso que espera pelo C3 no mercado deverá mais desafiador. A Citroën reforçou no lançamento que pretende mudar sua má fama no pós-venda por causa dos preços altos de peças de reposição e a demora para a chegada delas. Diz que pretende sair das atuais 165 concessionárias para 175 até o fim do ano, com "foco na interiorização". E que o hatch terá os mesmos preços fixos de revisão do C3 antigo: de R$ 267, para a primeira (dos 10.000 km), até R$ 327, para a dos 60.000 km. O carro agora tem 3 anos de garantia.
A montadora divulgou ainda o preço do para-brisa panorâmico para reposição, assunto levantado pelos internautas em comentários na reportagem do G1 que divulgou os valores do C3. Segundo a Citroën, ela custará R$ 1.465, “o mesmo preço do para-brisa do atual”. Mas a peça ainda é importada –o presidente da PSA diz que não foi possível nacionalizá-la em tempo, mas não descarta fazê-lo futuramente.
A marca informa que 76% do modelo é feito com itens de fornecedores locais (chapas, para-choque, rodas, motor, suspensão e bancos, por exemplo). A cesta básica de peças agora tem, segundo a montadora, um custo abaixo da média no segmento: R$ 3.485 contra R$ 3.650.
Citroën diz que consumo do C3 é 5% menor do que o da primeira geração (Foto: Divulgação)
ConsumoA fabricante também quer apagar outro
rótulo, o de ter carros “beberrões”. Os números de consumo por
quilômetro não foram divulgados, mas a empresa diz que o novo C3 gasta,
na média das versões, 5% a menos de combustível do que a primeira
geração -mesmo tendo ficado mais pesado na versão topo de linha. O
"milagre" é fruto de melhorias na motorização e no uso de "pneus
verdes", criados para melhorar a aderência ao solo e a distância de
frenagem.A Citroën destaca que o motor 1.5 recebeu a “etiqueta A” do Inmetro. Trata-se do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBE Veicular), do qual algumas marcas voluntariamente participam e pelo qual, futuramente, poderão obter benefícios como desconto no IPI. As notas vão de “A”, para menor consumo, a “E”. A avaliação do motor 1.6 ainda não saiu, afirma a montadora.
DesempenhoEsse motor 1.5 flex de 93 cavalos a 5.500 rpm, que aposentou o 1.4 de 82 cv, chegou recentemente ao C3 Picasso, companheiro de plataforma do novo C3, e foi desenvolvido em conjunto por Brasil, França e China, justamente de olho no consumo. Ele equipa não só a Tendance, com a versão de entrada, Origine. A top Exclusive vem com propulsor 1.6 16V (122 cv a 5.800 rpm) com a tecnologia FlexStart, que dispensa o “tanquinho”, já aplicada ao Peugeot 308 e ao Citroën Aircross. O torque máximo no 1.5 é de 14,2 kgfm a 3.000 rpm; no 1.6, é de 16,4 kgfm a 4.000 rpm. Os números se referem ao carro abastecido com etanol.
No tranquilo percurso em Brasília, ambos os motores se mostraram espertos –em terreno plano e urbano, o 1.6 não fez tanto a diferença. O câmbio manual é preciso, mesmo com engates longos. E o hatch ficou mais estável com a nova suspensão. A direção elétrica, também criada para o C3 e depois levada ao DS3, se manteve firme mesmo quando a velocidade aumentou.
No
interior, há excesso de plástico rígido, mesmo na versão topo de linha.
Porta-luvas grande, com luz e refrigeração e bancos traseiros com 3
apoios e cintos de 3 pontos aparecem a partir da versão intermediária
(Foto: Luciana de Oliveira/G1)
Acabamento(Foto: Luciana de Oliveira/G1)
Se o para-brisa atrai, não se pode dizer o mesmo dos revestimentos do painel e, sobretudo das portas. Mesmo na versão ‘top’ prevalece o uso de plástico duro com textura não tão agradável ao toque. O desenho do painel é simpático, predominando formas arredondadas –nas saídas de ar, como no Aircross, e no quadro de instrumentos, que parece simples demais para um carro tão “estiloso” por fora. O destaque é o porta-luvas grande, coisa rara nos compactos, e refrigerado.
Controles de rádio ao volante ficam um tanto
escondidos (Foto: Luciana de Oliveira/G1)
No acabamento topo de linha, o volante tem detalhe cromado e controles
de rádio, mas o posicionamento é um tanto incômodo. No primeiro contato,
não dá para ver em qual controle se está apertando porque o item fica
um tanto escondido sobre um dos raios do volante.escondidos (Foto: Luciana de Oliveira/G1)
O ponto positivo no interior do modelo está nos bancos, herdados do C3 Picasso, que envolvem o corpo, estão mais macios e têm bom revestimento. Para quem senta atrás, no entanto, o espaço continua restrito porque, apesar de o hatch ter ficado mais comprido e mais largo, o entre-eixos não mudou. No entanto, da versão Tendance para cima, há cintos retráteis de 3 pontos e apoios de cabeça para todos (mas só duas pessoas conseguirão ir sentadas com conforto, não 3). O banco é bipartido. O espaço do porta-malas se manteve.
Por fora, o visual é acertado. O C3 não quer deixar de ser “xodó” das mulheres: manteve as linhas arredondadas. “Quem bate o olho vê que é o C3”, diz o designer Frederico Laguna. Mas o modelo pretende conquistar o consumidor do sexo masculino com traços como as lanternas bumerangue, invadindo o porta-malas, que dão uma cara mais “invocada” ao hatch do que antes. O feixe de LED logo abaixo dos faróis, exclusivo do hatch brasileiro e indisponível para a versão básica, também lhe dá um “arzinho”de DS3. E a frente assume a identidade atual da marca, com grandes entradas de ar (aumentadas para o Brasil).
“O consumidor do C3 é um jovem antenado que já teve um carro 1.0 e hoje em dia quer mais”, descreve a diretora Nivea. Ou seja, será um cliente que, provavelmente, vai olhar também para o New Fiesta hatch, o Fiat Punto e o Chevrolet Sonic, modelos que o marketing das montadoras chama de “compactos premium”. A decisão vai sair dos detalhes. Fiesta e Punto são mais esportivos que o franco-brasileiro. O Sonic é o único desses rivais com opção de câmbio automático, e com 6 velocidades, e não só 4, como no C3.
Lanterna em formato bumerangue modernizou
a parte traseira do hatch (Foto: Divulgação)
O compacto da Citroën aposta no custo-benefício: vem, em todas as
versões, com freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem (EBD) e
airbag duplo –apenas adiantando o que será obrigatório a partir de
2014-, além de direção elétrica, vidro elétrico dianteiro, computador de
bordo, regulagem elétrica dos retrovisores e ar-condicionado.a parte traseira do hatch (Foto: Divulgação)
E se o IPI voltar ao normal?Vale ressaltar que os preços dos C3 divulgados, assim como os de seus concorrentes, ainda contam com o desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que deverá terminar no próximo dia 31. A fabricante diz que os carros já estão chegando às lojas. Questionado sobre se os valores serão automaticamente reajustados no início de setembro, o diretor-geral da Citroën Brasil, Francesco Abbruzzesi, diz que isso depende de “um movimento alinhado com todas as montadoras”.
Todos sabemos que descumprir promessas e nao ter informações sobre o produto que o cliente comprou e pagou antecipado é realmente vergonhoso .
ResponderExcluirCoisa de empresinha fundo de quintal, sinceramente não acredito que a Citroen Concorde seja desrta categoria de desrespeito ao cliente e nem que seja uma empresinha.
Acho que falta é maior atenção e treinamento.
O único a me dar atenção no caso e o Sr Paulo César, e com louvores. O único ! Trabalho primoroso , estragado pela falta de entrega.
Este será ou seria o meu primeiro carro da Citroen (provavelmente o ultimo comprado na Concorde) pois o que me fez compra-lo A Vista foram as inúmeras entrevistas do Sr Carlos Gomes anunciando aumento na produção e um pos venda maravilhoso. Nada disso foi feito, nada.
Ninguem da citroen me ligou parabenizando pela compra ou me perguntou sobre o atendimento da concessionária.
Coisa que montadora chinesa da aula ! Ate mesmo loja de roupas faz !
Nem um e-mail....Me assusta tais procedimentos ...
Parece coisa de amador.
Levarei o caso a diretoria da Psa Citroen e a história para a revista quatro rodas pois sei que este nao e o pensamento do presidente da Citroen Psa Sr Carlos Gomes