Por José Marques
Jorge Aleluia disse que o correligionário vai de encontro às decisões da legenda
O presidente estadual do PRP, Jorge Aleluia, ameaça entrar com
uma ação por infidelidade partidária contra o deputado estadual Bruno
Reis, caso ele deixe a legenda. O parlamentar, ligado ao deputado
federal ACM Neto (DEM) e oposicionista ferrenho ao governo estadual, levantou
a possibilidade após a sigla anunciar que apoiará a candidatura de
Nelson Pelegrino (PT) à Prefeitura Municipal de Salvador.
Segundo o chefe da agremiação, Reis nunca esteve de acordo com a conduta
da sigla, mas a favor do “grupo político” que representa. “A gente não
vai mandar na vontade dele, se ele quiser deixar o partido. Mas embora
ele diga que foi o político mais bem votado da história do PRP em
Salvador, nós o ajudamos em sua eleição nas cidades do interior, com o
apoio dos prefeitos de São Félix e de Saúde e dos vereadores de
Umburana”, afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias. De acordo com
mandatário, ao tomar posse, o legislador desobedeceu uma decisão
partidária, registrada em ata, que pedia a formação de um bloco
PRP/PSL/PTdoB na Assembleia Legistaliva. “Ele não acatou a determinação.
Fez um bloco com o PTN e o DEM e sequer informou ao partido”, reclamou.
Uma das insatisfações de Bruno Reis foi não ter sido consultado
quando o PRP decidiu estar ao lado do PT no pleito de 2012. Para Jorge
Aleluia, no entanto, não havia necessidade de procurar o parlamentar
porque ele não é membro do diretório da legenda. "Ele é só um deputado
estadual filiado ao partido. Ele diz que nós mudamos de linha, mas isso é
mentira. Em 2010, estivemos com Geddel [Vieira Lima] porque achávamos
que era a melhor opção para a Bahia. Não estivemos contra ninguém. Foi
ele quem mudou de linha desde que se elegeu. Bruno é assim, muito
arrogante. Evito até ir ao gabinete dele, porque todas as vezes que vou
lá ele me trata mal e grita comigo. Mas ele é que sabe da vida dele",
criticou. Segundo Aleluia, Reis também tem "tirado os pré-candidatos a
vereador do PRP e levado ao DEM". Caso o oposicionista saia da sigla, o
presidente promete entrar na Justiça. “Isso para mostrar que a
infidelidade não é nossa. Mas ainda assim comunicaremos ao conselho de
ética do partido para que ele tenha o direito de defesa. Mas não vamos
aceitar nenhuma imposição dele”, garantiu.
Fonte: Bahia Notícias
Fonte: Bahia Notícias
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