Moeda americana encerrou com queda de 0,49%, a R$ 2,029.
Banco Central vende moeda desde terça-feira para segurar alta.
O dólar fechou em queda de 0,49% nesta quinta-feira (24), pelo segundo
dia seguido, cotado a R$ 2,029, em um dia de forte instabilidade nas
negociações. A moeda se desvalorizou no início das negociações, mas
mudou de trajetória após intervenção do Banco Central no sentido de
conter a valorização da divisa.
Na semana, a moeda acumula valorização de 0,53%. No mês maio, o dólar já subiu 6,4% e no ano, a valorização foi de 8,6%.
Antes de fechar, a moeda mudou de direção diversas vezes durante o dia e
chegou a operar perto da estabilidade até fechar. O dólar chegou a ser
cotado a R$ 2,0530 pela manhã, mas recuou no meio do dia após o Banco
Central anunciar um leilão de swap cambial tradicional, operação que
equivale a uma venda de dólares no mercado futuro.
O BC fez um novo leilão de swap, ofertando até 40 mil contratos para
dois vencimentos, dos quais vendeu 28,25%, ou 11.300 contratos. Foram
ofertados menos contratos do que na véspera, mas o volume ainda foi
considerado significativo para operadores. Segundo eles, a autoridade
monetária está indicando que pode atuar com mais frequência, ajudando a
manter a divisa norte-americana mais comportada, apesar do cenário de
aversão ao risco no exterior ainda trazer um potencial de alta para a
moeda.
Foi o terceiro dia seguido de atuações. Na quarta, o BC ofertou um lote
de até 80.000 contratos com dois vencimentos, vendendo 26.400
contratos. Uma atuação que, mesmo sendo de apenas 1 terço da oferta,
operadores acreditaram ter sido suficiente para levar à queda do
dólar. Na terça, a atuação não conteve a alta da moeda. O BC realizou
dois leilões de swap cambial tradicional, ofertando contratos com
vencimento em 2 de julho de 2012, tentando anular os contratos de swap
cambial reverso, no total de US$ 2,470 bilhões, que vencem na mesma
data.
"O mercado está começando a assimilar que não adianta peitar o BC ou
entrar em pânico. O BC está atento... Acho que o mercado continua
tranquilo, mas o dólar pode se manter pressionado por conta do exterior.
Tem certa pressão externa ainda", disse o gerente de câmbio da Treviso
Corretora, Reginaldo Galhardo.
Para Galhardo, as ofertas do BC foram significativas e maiores do que a
demanda do mercado por dólares, e, por isso, foram vendidos poucos
contratos. No entanto, o gerente destaca que o mais importante foi a
sinalização dada pela instituição. "Até terça-feira, o BC fez swap
mirando ainda os contratos de swap reverso que estavam para vencer. Já a
partir de ontem fez (swap) para mostrar quem é que comanda", avaliou.
Com essa nova atuação do BC, a divisa norte-americana fechou descolada
do exterior. Por conta de um cenário ainda de cautela e preocupação em
relação à Europa, o dólar subia, às 17h38 (horário de Brasília), 0,28%
ante uma cesta de divisas, enquanto o euro caía 0,48%
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