Gilberto Carvalho confirmou que medidas serão anunciadas nesta quinta.
Rendimento da poupança pode ficar vinculado à taxa básica de juros.
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O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, confirmou que a presidente Dilma Rousseff anunciará nesta quinta-feira (3) mudanças nas regras de correção da poupança.
“A poupança, a presidente vai anunciar hoje [quinta] à tarde. Vai
discutir com os trabalhadores, com os empresários com o conselho
político”, afirmou após a cerimônia de posse do deputado Brizola Neto
(PDT-SP) no comando do Ministério do Trabalho.
Na agenda oficial de Dilma para esta quinta, estão previstas reuniões
do Conselho Político (14h); com representantes das centrais sindicais
(15h30); e com empresários (16h30). Nos encontros, o ministro Guido
Mantega (Fazenda) deverá fazer uma exposição para explicar as mudanças.
Segundo Carvalho, as medidas são necessárias para que a taxa Selic, atualmente em 9%,
continue a baixar. “É importante criar as condições para continuarmos
podendo baixar os juros e continuar financiando a produção de forma
adequada”, declarou o ministro.
Uma possibilidade do anúncio a ser feito pelo governo é a vinculação do
rendimento da caderneta de poupança às oscilações da taxa Selic, índice
oficial. Assim, quando houver queda na taxa básica de juros, o
rendimento da poupança também cairá e vice-versa.
Hoje, entre as características da caderneta de poupança estão risco
zero e isenção de cobrança do Imposto de Renda e de taxas de
administração. Por outro lado, o rendimento é menor do que o de outros
tipos de aplicação, cuja correção depende das variações da taxa Selic.
Com a queda dos juros básicos, a caderneta pode acabar se tornando mais
atraente. Na poupança, está assegurado o rendimento de 6% ao ano mais
Taxa Referencial (TR). Nos fundos de investimento, a alíquota do IR
varia de 15% a 22,5%, dependendo do tempo de aplicação.
A preocupação do governo tem esse sentido. Caso o rendimento da
poupança se tornasse mais atrativo do que os fundos de renda fixa, a
população, e até mesmo os grandes aplicadores, poderiam migrar para a
caderneta - deixando o Tesouro Nacional com menos compradores dos
títulos públicos (que são emitidos para pagar os papéis que estão
vencendo).
PLR
Gilberto Carvalho afirmou ainda que não será anunciada nesta quinta a redução de uma parcela do imposto de renda cobrada sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), concedida pelas empresas aos trabalhadores.
Gilberto Carvalho afirmou ainda que não será anunciada nesta quinta a redução de uma parcela do imposto de renda cobrada sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), concedida pelas empresas aos trabalhadores.
“A PRL, não chegamos à fórmula. Ontem, foi um dia difícil de trabalho e
não conseguimos fechar. O importante é que a presidente decidiu
conceder a isenção.”
O fim da cobrança de imposto sobre a PLR é uma bandeira dos
representantes de várias categorias. Representantes de seis centrais
sindicais se encontraram com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em
março desse ano, para reforçar o pedido.
Além da CUT e da Força Sindical, participaram do encontro a Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a União Geral dos
Trabalhadores (UGT), a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e
a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST).
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