CÂMARA DE IBICARAÍ

CÂMARA DE IBICARAÍ

BAHIA CACAU

BAHIA CACAU

terça-feira, 17 de maio de 2016

Com críticas à idade mínima para aposentadoria, centrais se reúnem com Temer

  • 16/05/2016 16h51
  • Brasília
Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente interino Michel Temer se reúne com dirigentes de centrais sindicais (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Brasília - O presidente interino Michel Temer se reúne com dirigentes de centrais sindicais Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Os representantes de centrais sindicais que se reúnem neste momento com o presidente interino, Michel Temer, chegaram ao Palácio do Planalto manifestando preocupação com a proposta defendida pelo novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de criar uma idade mínima para aposentadoria.
Dizendo-se dispostos ao diálogo, os sindicalistas avaliam que há uma série de medidas que podem ser tomadas antes de se pensar em alterar as regras da previdência, e repetem a defesa de que os trabalhadores não podem pagar a conta da crise econômica.

Grandes entidades que representam a categoria e condenaram o processo de impeachment da presidenta afastada, Dilma Rousseff, não participam do encontro. É o caso da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

Na opinião do deputado Paulinho da Força (SD-SP), presidente da Força Sindical, que participa do encontro, para resolver a situação há outros caminhos como o fim das desonerações e a regularização dos jogos com direcionamento de impostos para a previdência. "Idade mínima é uma coisa de maluco. Como vamos aceitar hoje discutir idade mínima? Ela penaliza os mais pobres, aqueles que começam a trabalhar antes. Tem que ver quais são setores da previdência que está tendo problema. O governo está entrando hoje, nem sabe como é a previdência. Então tem que entender primeiro para depois falar de reforma", disse.
De acordo com o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antônio Neto, os trabalhadores estão abertos à discussão, mas não há como aceitar a idade mínima. Segundo ele, "essa maldade já foi feita" quando o governo criou a fórmula 85/95 progressiva, que determina a aposentadoria quando a soma da idade e tempo de contribuição dos homens for 95 anos, e das mulheres 85.
"Se todo mundo ajudar, a gente também ajuda. Agora, não dá para só nós ajudarmos. Ultimamente parece que só os trabalhadores. E o resultado que nós temos visto está nas ruas. São 11 milhões de desempregados", afirmou.

Já o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, demonstrou discordância com a unificação das idades entre homens e mulheres. "Hoje, se a gente analisar, a mulher ganha muito menos que o homem, em média. É assediada, estuprada, morta. Como é que podemos comparar da mesma forma. Acho que pode até ocorrer mudanças desde que haja políticas de não discriminação, que haja salários paritários, porque senão estamos fazendo uma injustiça muito grande", afirmou, antes de se reunir com Temer e os ministros do governo.
Na última sexta-feira, o ministro da Fazenda concedeu uma entrevista em que confirmou que haverá idade mínima.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Editais da PNAB Bahia chegam a quase 10 mil projetos inscritos por agentes culturais de todos os Territórios de Identidade do Estado

  Assessoria de Comunicação - Secretaria de Cultura do Estado da Bahia – SecultBa / Aline Valadares Em 33 dias de inscrições, contando com a...