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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Centenas de estudantes da USP fazem passeata pela Avenida Paulista

Eles pedem a saída da Polícia Militar do campus da Cidade Universitária.
Grevistas farão 'aula pública de democracia' no vão do Masp nesta quinta.

Do G1, em São Paulo
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Passeata de estudantes da USP em greve fechou parte da Avenida Paulista (Foto: Talita Gonçalez/VC no G1) 
Passeata de estudantes da USP em greve fechou parte da Avenida Paulista (Foto: Talita Gonçalez/VC no G1)
Uma reivindicaçãos dos estudantes é a reforma do estatuto da USP (Foto: Paulo Guilherme/G1) 
Uma reivindicaçãos dos estudantes é a reforma do
estatuto da USP (Foto: Paulo Guilherme/G1)
Centenas de estudantes da Universidade de São Paulo (USP), em greve desde o dia 9, fecharam a Avenida Paulista no sentido Consolação na tarde desta quinta-feira (24). Eles saíram por volta das 16h20 da Praça Oswaldo Cruz e chegaram à Rua da Consolação às 17h30. Depois, fizeram o caminho de volta até o Museu de Arte de São Paulo (Masp), onde, a partir das 18h, deve ocorrer uma aula pública de democracia.

A Polícia Militar faz a escolta da manifestação, bloqueando a passagem de carros, ônibus e motocicletas pelas faixas ocupadas pelos estudantes.
Por volta da 17h40, quando o protesto já fazia o caminho de volta pela avenida, no sentido Paraíso, a PM reduziu o protesto para liberar uma faixa e deixar que uma ambulância passasse com um paciente.

Segundo um membro do Diretório Central de Estudantes (DCE), diversos professores, parlamentares e líderes de movimentos sociais e sindicais foram convidados para a aula pública, que terá a democracia como tema. O governador Geraldo Alckmin, que em 8 de novembro afirmou que os estudantes da USP precisavam de "aula de democracia", também foi convidado.
Ônibus vindos do Interior paulista trouxeram estudantes de outras universidades públicas para apoiar a passeata. Uma jovem de 23 anos, que estuda ciências sociais da Universidade Estadual Paulista (Unesp), e participa do ato com cerca de 50 colegas do campus de Marília, afirmou que seria "muito legal" se o fgovernador aparecesse para dialogar com os estudantes em greve. "Isso mostra bem a democracia que temos hoje", disse ela
Passeata de estudantes da USP em greve fechou parte da Avenida Paulista (Foto: Paulo Guilherme/G1) 
Passeata de estudantes da USP em greve fechou parte da Avenida Paulista (Foto: Paulo Guilherme/G1)
Estudante veste máscara do governador Geraldo Alckmin, convidado pelos alunos a comparecer à "aula de democracia" (Foto: Ana Carolina Moreno/G1) 
Estudante veste máscara do governador Geraldo
Alckmin, convidado pelos alunos a comparecer à
aula de democracia (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)
Entenda a greve
A paralisação dos estudantes da USP começou no dia seguinte à prisão de mais de 70 pessoas, durante a reintegração de posse da reitoria da universidade, que tinha sido ocupada por manifestantes uma semana antes. Eles foram indiciados por danos ao patrimônio público e desobediência à ordem de Justiça - que havia determinado a saída do prédio.
Na noite de quarta-feira (23), cerca de 3 mil estudantes decidiram manter a greve em assembleia realizada na Escola Politécnica, na Cidade Universitária, Zona Oeste de São Paulo.
Os alunos reivindicam a revogação do convênio firmado entre a USP e a Polícia Militar para o patrulhamento da Cidade Universitária e a retirada de processos criminais e administrativos contra estudantes, servidores e professores que, segundo os manifestantes, foram movidos com fins políticos.

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