Por Luiz Felipe Barbiéri e Gabriela Caesar, G1
Representantes
das principais entidades de caminhoneiros disseram neste domingo (2) que
negociam com o governo após a alta do preço do diesel anunciada pela Petrobras.
O aumento de 13% foi anunciado na
última sexta (31). No sábado (1º), a Agência Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT)
informou que atualizará a tabela que define os preços dos
fretes justamente em razão da variação no preço do combustível.
De acordo com o
presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA),
Diumar Bueno, não há chance de paralisação entre os associados da entidade.
A Associação
Brasileira dos Caminheiros (Abcam) também afirma que não apoia uma eventual
nova paralisação e acrescenta que não há indicativo de nova greve por parte dos
caminhoneiros. Juntas, as associações reúnem 1,5 milhão de caminhoneiros.
Segundo a Casa
Civil, o governo federal está cumprindo o que foi combinado com os
caminhoneiros em maio e continua dialogando com a categoria. Em nota, a pasta
informou ainda que as ameaças de paralisação não são dos líderes que comandaram
a greve há pouco mais de três meses.
O que dizem as entidades
A CNTA e a Abcam
reiteram desconhecer uma entidade cujo nome aparece em imagens que circulam nas
redes sociais. Nessa imagem, a União dos Caminhoneiros do Brasil (UDC) anuncia
paralisação em até 10 dias, contados a partir de 30 de agosto.
Segundo Diumar
Bueno, da CNTA, não há chance de paralisação entre os associados. Ele afirma
ainda que nenhuma entidade sindical que coordenou e participou do movimento
anterior está se organizando para uma paralisação.
"Nós
não podemos a qualquer situação tentar promover movimento nacional de
paralisação de caminhoneiros. Isso vai desvalorizar, desmerecer, perder a
credibilidade para a categoria que teve o reconhecimento nacional da sua
importância", afirmou.
Diumar disse
ainda que não conhece a UDC. "Entidade que não é oficialmente reconhecida
sindicalmente há milhões. Não tem validade, não tem poder legal nem de
responder nem de representar a categoria. E, se fica nessa condição de a gente
dar ouvido, surge muito, como movimento para fazer palanque", completou.
A Abcam, por sua
vez, informou neste domingo (2) ter pedido uma reunião com o ministro da Casa
Civil, Eliseu Padilha, para discutir o preço do óleo diesel. Segundo a
associação, o pedido foi feito na sexta (31).
Em nota, a Abcam
disse também que, independentemente do aumento do preço internacional, o
governo deve cumprir a medida provisória nº 838/2018 e manter a subvenção de R$
0,46 do valor do diesel até o final do ano.
"A
Abcam se mantém vigilante no cumprimento do acordo realizado com o governo
federal. A associação, que sempre acreditou no diálogo, fará o possível para
evitar uma nova paralisação, afirmou a entidade.
Redes sociais
Tem circulado
nas redes sociais uma imagem segundo a qual supostamente a União dos
Caminhoneiros do Brasil (UDC - Brasil) estaria programando uma paralisação para
os próximos dias. O texto não é assinado. Tampouco há telefone para contato ou
site no documento.
Também viralizou
na internet uma suposta nota assinada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na
qual diz serem pequenas as chances de haver paralisação.
Ao G1,
a assessoria de imprensa da PRF nega que tenha emitido um posicionamento
oficial e afirma que investiga se o documento é um fragmento de alguma análise
interna.
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