Por G1
O dólar opera em leve alta nesta segunda-feira (17), com os investidores
monitorando as pesquisas eleitorais.
Às 9h45, a moeda norte-americana subia 0,12%, vendida a R$ 4,1720. Veja mais cotações. Na máxima do dia,
bateu R$ 4,2036.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 10,9 mil swaps
cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do
vencimento de outubro, no total de US$ 9,801 bilhões. Se mantiver essa oferta
diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
Na sexta-feira (14), o dólar fechou em queda, em movimento de correção
depois de bater na quinta o valor mais alto da história do real. A
moeda norte-americana recuou 0,67%, negociada a R$ 4,1669 na venda. Nas casas
de câmbio, o dólar turismo encerrou negociado a R$ 4,35, sem cobrança de IOF
(Imposto sobre Operações Financeiras).
No mês de setembro, sobe mais de 2,5%. Desde o início do ano, o dólar
avança mais de 26%. Na semana passada, a moeda acumulou alta de 1,72%.
Variação do dólar em 2018
Diferença entre o dólar turismo e o comercial, considerando valor de
fechamento
em R$dólar comercialdólar turismo (sem
IOF)12/1210/119/130/18/221/22/313/322/33/412/423/43/514/523/54/613/622/63/712/723/71/810/821/830/811/0933,253,53,7544,254,5
Fonte: Valor PRO
Novo patamar e perspectivas
A recente disparada do dólar acontece em meio a incertezas sobre o
cenário eleitoral e também ao cenário externo mais turbulento, o que faz
aumentar a procura por proteção em dólar.
Investidores têm comprado dólares em resposta a pesquisas que mostram
intenção de voto mais baixa para candidatos considerados mais pró-mercado. Na
avaliação do mercado, os candidatos que lideram as pesquisas de intenção de
voto são menos comprometidos com determinados modelos de reformas econômicas
considerados fundamentais para o ajuste das contas públicas.
Na prática, as flutuações atuais ocorrem principalmente conforme cresce
a procura pelo dólar: se os investidores veem um futuro mais incerto ou
arriscado, buscam comprar dólares como um investimento considerado seguro. E
quanto mais interessados no dólar, mais caro ele fica.
Outro fator que pressiona o câmbio é a elevação das taxas básicas de
juros nas economias avançadas como Estados Unidos e União Europeia, o que
incentiva a retirada de dólares dos países emergentes. O mercado tem monitorado
ainda a guerra comercial entre Estados Unidos e seus parceiros comerciais e a
crise em países como Argentina e Turquia.
A visão dos analistas é de que o nervosismo tende a continuar até que se
tenha uma maior definição da corrida eleitoral.
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 subiu de R$ 3,80 para R$ 3,83 por dólar, segundo
o último boletim Focus do Banco Central. Para o fechamento de 2019, avançou de
R$ 3,70 para R$ 3,75 por dólar.
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