Em consórcio, custo de imóvel pode ficar 10% menor que financiado.
Modalidades são diferentes e consórcio demanda espera pelo bem.
A compra de um bem de grande valor deve sempre envolver muitas
ponderações. Uma delas, em especial, para quem não tem o valor total do
bem: comprar por financiamento ou consórcio? As duas modalidades têm
vantagens e desvantagens.
Tomando por base as taxas médias de juros dos financiamentos e as de administração dos consórcios, este último é, em geral, mais barato para quem compra, segundo simulações feitas pela Associação de Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) a pedido do G1 (veja abaixo).
No consórcio, porém, o bem pode chegar ao cliente só no fim do período de pagamento. Já no financiamento, a aquisição é imediata.
Na compra de um imóvel de R$ 500 mil, por meio de consórcio,
considerando a taxa média de administração apurada pelo Banco Central de
17% em dez anos mais INCC de 5% ao ano, ao final do prazo o imóvel
custaria R$ 735.806,93.
No financiamento, calculado com base nos juros médios de 11% ao ano, de acordo com a Anefac, totaliza R$ 779.673,60, também em dez anos.
Na compra de um automóvel de R$ 30 mil, em um prazo de 5 anos, o total pago seria de R$ 37.575 no modelo de consórcio, e de R$ 46.179,60. O cálculo da Anefac levou em conta juros médios de financiamento de 1,54% ao mês, e uma taxa de administração média dos consórcios de 0,77%, com base nos dados do BC.
Mas é preciso ficar atento: por serem formas diferentes de compra, não é apenas o cálculo da economia em dinheiro que deve ser levado em conta na hora de escolher uma ou outra. Quando se trata de um consórcio de automóvel de 60 meses, como mostrado na simulação, o comprador do consórcio pode receber o carro só no fim do prazo, ou seja, cinco anos depois.
A avaliação de qual a melhor opção de compra depende, assim, da possibilidade e do custo da espera pelo bem. Quem está morando de aluguel, por exemplo, deve colocar este gasto no papel para decidir se pode esperar o sorteio de um consórcio.
“No financiamento, o consumidor já retira o carro na hora, há um imediatismo que é diferente do consórcio, em que ele precisa ou dar um lance (o maior lance) ou ser sorteado”, diz o vice-presidente da Anefac, Miguel Ribeiro de Oliveira.
No consórcio, os participantes pagam mensalmente as parcelas, mas só levam o bem para casa depois de serem contemplados: é preciso ser sorteado ou dar o lance mais alto para ser "escolhido".
A definição se dá por meio de sorteios e dos lances. Para participar do sorteio basta estar com a mensalidade em dia e, se contemplado, o cotista recebe o crédito para a compra do bem.
Caso não tenha sido sorteado, o participante também pode dar um lance, ou seja, fazer uma oferta para ser contemplado. Leva o crédito de compra o participante que der o lance mais alto, sendo que as ofertas são sigilosas. No entanto, cada consórcio tem regras específicas, por isso a Abac recomenda ler o contrato para saber as condições para participar do sistema de lance.
Alta dos preços
O consumidor precisa considerar, ainda, a possibilidade de valorização – ou desvalorização – do bem a ser adquirido. Isso porque, no caso dos consórcios, o cliente recebe, em geral, uma carta de crédito com um valor pré-determinado, corrigido pela inflação. Assim, caso o preço do bem suba mais que a inflação no período entre a contratação do consórcio e o recebimento da carta de crédito, o valor pode não ser suficiente para comprá-lo.
Prespectiva de alta da Selic
Com a perspectiva de alta da taxa básica de juros da economia, a Selic, a diferença entre as duas modalidades e economia feita com o consórcio tende a aumentar, diz o vice-presidente da Anefac, que fez as simulações de compra a pedido do G1.
Mesmo sendo uma modalidade de compra mais econômica, o volume movimentado pelos consórcios é bem menor que o dos empréstimos. Dos 3,6 bilhões de automóveis e comerciais leves licenciados no ano passado, 51% foram financiados e 8% foram adquiridos por meio de cotas de consórcio, segundo dados da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef).
Tomando por base as taxas médias de juros dos financiamentos e as de administração dos consórcios, este último é, em geral, mais barato para quem compra, segundo simulações feitas pela Associação de Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) a pedido do G1 (veja abaixo).
No consórcio, porém, o bem pode chegar ao cliente só no fim do período de pagamento. Já no financiamento, a aquisição é imediata.
Simulações do custo final de financiamento x consórcio |
|
---|---|
Imóvel de R$ 500 mil Prazo: 10 anos |
|
Consórcio |
|
Taxa de administração |
17% no período + INCC de 5% ao ano |
Total pago |
R$ 735.806,93 |
Financiamento |
|
Taxa de juros |
11% ao ano |
Total pago |
R$ 779.673,6 |
Automóvel de R$ 30 mil Prazo: 5 anos |
|
Consórcio |
|
Taxa de administração |
0,77% ao mês |
Total pago |
R$ 37.575 |
Financiamento |
|
Taxa de juros |
1,54% ao mês |
Total pago |
R$ 46.179,60 |
No financiamento, calculado com base nos juros médios de 11% ao ano, de acordo com a Anefac, totaliza R$ 779.673,60, também em dez anos.
Na compra de um automóvel de R$ 30 mil, em um prazo de 5 anos, o total pago seria de R$ 37.575 no modelo de consórcio, e de R$ 46.179,60. O cálculo da Anefac levou em conta juros médios de financiamento de 1,54% ao mês, e uma taxa de administração média dos consórcios de 0,77%, com base nos dados do BC.
Mas é preciso ficar atento: por serem formas diferentes de compra, não é apenas o cálculo da economia em dinheiro que deve ser levado em conta na hora de escolher uma ou outra. Quando se trata de um consórcio de automóvel de 60 meses, como mostrado na simulação, o comprador do consórcio pode receber o carro só no fim do prazo, ou seja, cinco anos depois.
A avaliação de qual a melhor opção de compra depende, assim, da possibilidade e do custo da espera pelo bem. Quem está morando de aluguel, por exemplo, deve colocar este gasto no papel para decidir se pode esperar o sorteio de um consórcio.
“No financiamento, o consumidor já retira o carro na hora, há um imediatismo que é diferente do consórcio, em que ele precisa ou dar um lance (o maior lance) ou ser sorteado”, diz o vice-presidente da Anefac, Miguel Ribeiro de Oliveira.
No consórcio, os participantes pagam mensalmente as parcelas, mas só levam o bem para casa depois de serem contemplados: é preciso ser sorteado ou dar o lance mais alto para ser "escolhido".
A definição se dá por meio de sorteios e dos lances. Para participar do sorteio basta estar com a mensalidade em dia e, se contemplado, o cotista recebe o crédito para a compra do bem.
Caso não tenha sido sorteado, o participante também pode dar um lance, ou seja, fazer uma oferta para ser contemplado. Leva o crédito de compra o participante que der o lance mais alto, sendo que as ofertas são sigilosas. No entanto, cada consórcio tem regras específicas, por isso a Abac recomenda ler o contrato para saber as condições para participar do sistema de lance.
Alta dos preços
O consumidor precisa considerar, ainda, a possibilidade de valorização – ou desvalorização – do bem a ser adquirido. Isso porque, no caso dos consórcios, o cliente recebe, em geral, uma carta de crédito com um valor pré-determinado, corrigido pela inflação. Assim, caso o preço do bem suba mais que a inflação no período entre a contratação do consórcio e o recebimento da carta de crédito, o valor pode não ser suficiente para comprá-lo.
Prespectiva de alta da Selic
Com a perspectiva de alta da taxa básica de juros da economia, a Selic, a diferença entre as duas modalidades e economia feita com o consórcio tende a aumentar, diz o vice-presidente da Anefac, que fez as simulações de compra a pedido do G1.
Mesmo sendo uma modalidade de compra mais econômica, o volume movimentado pelos consórcios é bem menor que o dos empréstimos. Dos 3,6 bilhões de automóveis e comerciais leves licenciados no ano passado, 51% foram financiados e 8% foram adquiridos por meio de cotas de consórcio, segundo dados da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef).
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