MInistério Público denuncia uso de empresas fantasmas em licitações.
Sete pessoas ligadas à administração foram afastadas dos cargos.
Prefeito de Aparecida, Márcio Siqueira, foi afastado
pela Justiça (Foto: Divulgação/ Pref. de Aparecida)
pela Justiça (Foto: Divulgação/ Pref. de Aparecida)
O prefeito de Aparecida,
Márcio Siqueira (PSDB), e outros seis servidores foram afastados do
cargo nesta sexta-feira (3) por uma decisão da Justiça. A determinação
atende pedido feito pelo Ministério Público Estadual, que aponta
irregularidades em contratos firmados pela administração com empresas
fantasmas.
O caso foi denunciado em uma reportagem da TV Vanguarda, afiliada da
Rede Globo, em abril de 2012, que constatou que empresas que prestavam
serviços à prefeitura estavam registradas em endereços onde os moradores
não sabiam da existência de atividade comercial e eram controladas por
servidores municipais através de 'laranjas'.
A decisão de afastamento foi dada em caráter liminar pela juíza Denise
Vieira Moreira, que decidiu que a permanência dos denunciados nos cargos
públicos pode causar danos irreversíveis ao patrimônio do município.
Além do prefeito, a Justiça determinou o afastamento de seis
servidores, entre eles o presidente da comissão de licitações que
trabalhou com os contratos, o diretor de obras, o diretor de compras e
três servidores ligados à secretaria de obras que seriam os reais
proprietários das empresas envolvidas.
A Justiça também determinou o bloqueio dos bens de três pessoas que
aparecem como proprietárias das empresas. Os denunciados podem recorrer
destas decisões.
Em nota, a Prefeitura de Aparecida informou que já foi notificada da
decisão e que o vice-prefeito, Ernaldo César Marcondes, assume a
administração na segunda-feira (6).
Outro lado
Na manhã deste sábado (4), a reportagem tentou contato por telefone com os envolvidos no processo. Ninguém foi encontrado para comentar as acusações.
Na manhã deste sábado (4), a reportagem tentou contato por telefone com os envolvidos no processo. Ninguém foi encontrado para comentar as acusações.
Em ligação para a casa do prefeito, Márcio Siqueira, a reportagem foi
informada que ele não está na cidade. Ele não retornou os contatos.
Câmara
O presidente da câmara dos vereadores, Paulinho Feroz (PMDB), disse que soube da decisão, mas não foi notificado oficialmente. "Na época nós pedimos esclarecimentos ao prefeito, que disse que nada tinha a ver com o caso e que isso seria resolvido pela Justiça. Assim que eu for notificado, a câmara se reunirá para tomar uma decisão", disse
O presidente da câmara dos vereadores, Paulinho Feroz (PMDB), disse que soube da decisão, mas não foi notificado oficialmente. "Na época nós pedimos esclarecimentos ao prefeito, que disse que nada tinha a ver com o caso e que isso seria resolvido pela Justiça. Assim que eu for notificado, a câmara se reunirá para tomar uma decisão", disse
Ele informou que a câmara não investigou o caso. "Se a Justiça já
estava fazendo um levantamento a fundo, não tem porque a câmara também
investigar", justificou.
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