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terça-feira, 14 de maio de 2013

‘Família toda adoece’, desabafa filha de 'ex-galã' que largou tudo pelo crack

Isabella conta como ficou codependente da droga ao vivenciar drama do pai

Fonte: globo.com
Escritora relata drama de codependência do vício do pai (Foto: Mais Você/ TV Globo)Escritora relata drama de codependência do vício do pai (Foto: Mais Você/ TV Globo)
Crack não escolhe raça, não escolhe cor, não escolhe classe social: ele está espalhado por toda a parte! Exemplo disso é João Flávio Lemos, considerado um galã da sociedade carioca nos anos 70 e 80, ele teve sua vida interrompida pela droga. Foram tantos anos de vício que a família toda virou codependente do crack. Na casa de cristal, Ana Maria recebeu a filha dele, Isabella, que relatou em um livro como a família toda foi prejudicada por causa do vício do pai. 
Ela contou como o pai começou a usar drogas. “Meu pai era muito tímido, na época em que ele se envolveu com drogas ele estava muito na mídia, muito em evidência, acho que isso que deu o start das drogas. Antes disso ele não bebia, era supercareta”, relembrou.
 Isabella conviveu com o crack desde os nove anos de idade. “A minha mãe acabou sendo uma codependente, casada com meu pai durante 25 anos. Eles se separaram há 10 anos e a minha mãe refez a vida dela”, disse ela. “Além dos traumas do dia a dia, eu cresci com vazio, solidão, aquele sentimento de abandono. O seu pai fica afastado e você não sabe exatamente por quê! A família toda adoece”, explicou.
Em seguida, ela falou como a irmã ficou viciada em crack aos 13 anos por causa de um descuido do pai, que deixou uma bituca largada pela casa. “O dependente de droga fica tão sem noção, que ele acha que está fazendo o melhor, ele perde totalmente a noção do que é certo e do que é errado. Hoje ela está bem, mas continua se tratando. Tem que se tratar para sempre”, comentou.
Além da droga, a bulimia e a anorexia sempre foram um problema na vida de Isabella. Antes do vício em crack o pai já sofria do mal, que também foi repassado à filha. “Ele teve bulimia desde os 17 anos de idade, então eu via o meu pai saindo toda hora da mesa. Eu cresci o vendo fazer isso, comecei a achar normal e fui fazendo igual. Eu tive mais anorexia do que bulimia e pedi para ser internada”.

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